Benedito Mariano: “A extrema direita não tem pudor em criar mentiras”
"Essas mentiras tem sempre como referência criminalizar cada vez mais a população mais pobre deste país”, afirmou o sociólogo e ex-ouvidor das polícias de São Paulo
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247 - Benedito Mariano, secretário municipal de Segurança Cidadã de Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo, e ex-ouvidor das polícias Civil e Militar do estado, participou do programa Giro das Onze, da TV 247, nesta semana.
Sociólogo e mestre em Ciências Sociais (PUC-SP), Benedito analisou a atual conjuntura política e eleitoral do país. Para ele, “vivemos um momento muito difícil” e a eleição presidencial é decisiva.
“A extrema direita não tem pudor em criar mentiras e essas mentiras tem sempre como referência criminalizar cada vez mais a população mais pobre deste país”, enfatizou.
“A ascensão da extrema direita representada pelo bolsonarismo tem como estratégia de ação as fake news, a mentira e a distorção da realidade”, disse ele se referindo a um tiroteio que ocorreu próximo ao local onde o candidato Tarcísio Freitas (Republicanos), que estava no Polo Universitário de Paraisópolis. Logo após o episódio, o candidato usou as redes sociais para dizer que sua equipe havia sido atacada por criminosos. A polícia desmentiu que se tratasse de um atentado.
“No caso de Paraisópolis, não houve atentado. Tentaram a partir de uma ocorrência, que precisa ser esclarecida pela polícia civil e militar, mas evidentemente que a ocorrência não tem nada a ver com um atentado ao candidato. Mas no dia seguinte estava a propaganda de televisão [de Bolsonaro] tentando fazer uma associação da violência com o candidato Lula e com o PT. Reforçando o preconceito contra a população pobre que mora nas favelas e em áreas como a de Paraisópolis”, apontou.
Para Benedito, “estamos vivendo um período muito difícil” e vai ter que criar medidas para conter as fake news que se instrumentalizam na campanha da extrema direita.
“Acho que o Brasil vai ter que a curto e médio prazo oferecer uma regulamentação das redes sociais. É inacreditável como o bolsonarismo usa das redes sociais, a religiosidade da população, pregando o ódio e a violência e, principalmente, regando o desprezo à democracia, o preconceito à população mais pobre”, disse.
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