Aldo Rebelo: mais importante do que um ministério indígena é um projeto para a Amazônia

Ex-ministro diz que os povos indígenas devem ser protagonistas do desenvolvimento – e não tutelados

Aldo Rebelo
Aldo Rebelo (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)


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247 – O ex-ministro Aldo Rebelo, que serviu aos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, fez uma crítica, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, à ideia de criação de um ministério para tratar da questão indígena, como foi prometido pelo ex-presidente Lula. "Mais importante do que um ministério indígena é discutir um projeto para a Amazônia. O ministério será para segregar os índios e não para discutir o desenvolvimento", disse ele.

Na entrevista, Aldo Rebelo explica por que foi contra a demarcação da área indígena Raposa Serra do Sol e diz que a doutrina do Marechal Rondon era integrar os índios e não explorá-los como minorias contra as maiorias. "A presença do Império na Amazônia é assustadora", afirma. Ele também tocou num ponto polêmico, ao defender a regulamentação da mineração em terras indígenas. "A autorização para mineração em terra indígena está na Constituição desde 1988. Não faz sentido renunciar a esta riqueza", diz ele. "Em várias áreas demarcadas, índios garimpeiros estão em conflito com outros garimpeiros que não são indígenas. Esta riqueza deve privilegiar as populações indígenas", afirma. Aldo também denuncia que contrabandistas internacionais financiam o garimpo ilegal no Brasil.

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O ex-ministro avalia que é um erro separar o índio da nossa história e critica países, como Chile e Bolívia, que se tornaram estados plurinacionais. "Evo Morales já pagou caro por criar um estado plurinacional. Organizações indígenas eram campo de treinamento da CIA no Equador. Negociar com uma área indígena autônoma é muito mais fácil do que com um país só", diz ele. Aldo também afirma que uma das grandes manifestações do Não vai ter Copa foi de grupos que exploravam a questão indígena. "Nunca existiu uma aldeia Maracanã", denuncia.

Aldo também afirmou que os direitos dos índios são sagrados e defendeu seu posição nacionalista. "Sou nacionalista desde criança. A agenda identitária é do capital financeiro", afirma. Nas próximas eleições, Aldo será candidato ao Senado pelo PDT de São Paulo.

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