'A elite dos EUA dá sinais de que não tem problema se Lula for eleito', diz James Green

Historiador e professor da Brown University reconhece ações anteriores do governo americano muito prejudiciais ao Brasil, mas destaca que desta vez o cenário é diferente

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Ricardo Stuckert)


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247 - O historiador e professor James Green, da Brown University, comentou sobre as recentes declarações de autoridades dos Estados Unidos em defesa do sistema eleitoral brasileiro e sobre o ex-presidente Lula (PT) ter sido capa da revista Time, uma das mais influentes do mundo.

Segundo ele, são “sinais claros de setores da elite norte-americana de que não há problema se Lula for eleito”. “Eles não vão concordar, vão tentar pressionar, aliciar o Brasil à política norte-americana, mas acham muito mais ameaçador Bolsonaro no poder, como Trump é a grande ameaça que nós enfrentamos nos Estados Unidos”, declarou.

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De acordo com ele, há setores que vão apoiar Lula contra Bolsonaro no segundo turno e “setores empresariais norte-americanos estão entendendo isso também”.

Green também afirmou que as declarações do Departamento de Estado norte-americano, que organizou diversos golpes de Estados ao redor do mundo, são para mostrar que o governo norte-americano não quer o golpe no Brasil, ao contrário de Jair Bolsonaro (PL).

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Ele disse que, apesar da história norte-americana no Brasil e na América Latina ser “horrível” e a esquerda ter razão de não acreditar nos EUA, “o mundo é complexo”, tem “contradições” e “o que aconteceu ontem não é o que vai acontecer amanhã”. Ele aponta que atualmente o cenário é diferente. Segundo ele, os EUA não querem um golpe por uma “situação pragmática”.

“Eu acho que o Departamento de Estado está deixando claro que não quer um golpe no Brasil. Eles [autoridades norte-americanas] estão enfrentando ameaça ainda de golpe nos Estados Unidos”, afirmou, referindo-se aos ataques do ex-presidente Donald Trump, aliado de Bolsonaro, às eleições norte-americanas.

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