"A bancada evangélica, apesar do nome, não entendeu o evangelho", diz Padre João

Na TV 247, deputado analisou a crescente fusão entre religião e política no Brasil e também projetou crescimento de Alexandre Kalil nas próximas pesquisas eleitorais

Deputado Padre João
Deputado Padre João (Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Em entrevista à TV 247, o deputado federal Padre João (PT-MG) analisou a crescente fusão entre religião e política que vem ocorrendo no Brasil, especialmente movida por Jair Bolsonaro (PL), que aposta no eleitorado evangélico para vencer as eleições presidenciais de 2022.

De acordo com o deputado, é preciso "discutir política em todo lugar: na família, na escola, no boteco, todo lugar porque é a vida. É o presente e o futuro que está em jogo. O problema é o caminho que algumas religiões, não somente evangélicos, mas também os católicos, que foram desvinculando a vida da religiosidade."

continua após o anúncio

"As grandes religiões buscam a felicidade, a harmonia, o amor, o respeito e a fraternidade. Toda religiosidade deve impulsionar o ser humano a amar. E quem ama cuida. Quem ama serve e se dedica ao próximo e não a si mesmo. Algumas religiões atualmente produziram uma religiosidade voltada para si e indiferente a realidade e produzindo uma alienação que também está no catolicismo. Isso se somou ao moralismo", complementou. 

Padre João ainda mencionou o 'farisaísmo muito triste' presente na política atual, que vincula parlamentares evangélicos a grupos econômicos conservadores: "A chamada bancada evangélica, apesar do nome, não entendeu o evangelho. Não vive o evangelho, pois o evangelho nos impulsiona a amar e respeitar, a amar e a entender. Passam por bons, os cristãos, mas é um farisaísmo muito triste que está na política, que decide os rumos do país, de toda uma nação, está contaminando o Congresso, sobretudo quando esse farisaísmo se vincula a grupos econômicos conservadores."

continua após o anúncio

Sobre o cenário eleitoral de Minas Gerais, o deputado avaliou que o atual governador Romeu Zema (Novo) é forte no estado por ter repassado dinheiro da Vale do Rio Doce aos municípios: "O Zema surfou no dinheiro do crime da Vale. Dinheiro que afetou a bacia do São Francisco, a sub-bacia do Paraopeba, mas que o dinheiro foi para os 853 municípios. Com isso ele segurou os prefeitos."

O parlamentar petista, no entanto, crê em uma melhora do candidato ao governo Alexandre Kalil (PSD) nas próximas pesquisas: "Percebo que os prefeitos estão com o pé atrás com o Zema porque estão vendo uma certa mudança. Como o Kalil foi uma referência no enfrentamento da pandemia e com o cuidado com o povo, que estendeu de forma muito positiva além de Belo Horizonte, ele vem conseguindo passar aos poucos na campanha. Como a campanha de TV e rádio se iniciou muito recentemente e como Lula está bem, quando vincula o nome do Lula e que o Kalil é o candidato do Lula, não tenho dúvida que ele estará bem melhor."

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247