"A Americanas simboliza o capitalismo tóxico no Brasil", diz Fábio Alperowitch

Financista explica a cultura que está por trás de uma das maiores fraudes contábeis da história do Brasil

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ABR | Divulgação (Foto: ABR | Divulgação)


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247 – O financista Fábio Alperowitch, sócio da Fama Investimentos, focada em investimentos socialmente responsáveis, afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, por que cortou investimentos nas Americanas, muito antes da bilionária fraude contábil recentemente descoberta. "Em 2019, éramos investidores de Americanas e detectamos vários problemas, como rotatividade alta de executivos, balanço opaco e uma relação leonina com fornecedores. A empresa também tinha a maior disparidade salarial entre todas as empresas brasileiras", diz ele. "Havia algo claro e parecia claro que a empresa simbolizava o capitalismo tóxico no Brasil", acrescentou.

Alperowitch também disse que existe autoengano no mercado de capitais e um incentivo perverso à fraude, quando muitos agentes lucram com operações feitas antes do estouro dos escândalos. Sobre a fraude em si, ele apontou uma provável responsabilidade dos acionistas Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. "É muito difícil que uma pessoa sozinha tenha conseguido esconder. Há pessoas envolvidas, a mando de quem eu não sei. As auditorias têm responsabilidade, mas elas não causaram os fatos", afirmou. "Os prejudicados não são só os credores. São fornecedores, funcionários, acionistas… se houver impunidade, o Brasil tende a ser terra de ninguém", destacou.

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