Zumbis assombram os EUA e alarmam o Brasil

Protesto para ocupar Wall Street, em Nova York, ganhou tambm as ruas de Chicago e Los Angeles; no Brasil, Guido Mantega soltou medidas para conter a alta do dlar e reduzir custos das empresas; para onde vai o capitalismo?



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247 – De nada adiantou a repressão ordenada no fim de semana pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, contra o movimento Occupy Wall Street (Ocupem Wall Street), que redundou na prisão de 700 pessoas. Nesta segunda-feira, a pequena rua que simboliza o coração financeiro dos Estados Unidos – e também do capitalismo global – foi tomada por centenas de pessoas, que se fantasiaram de zumbis. Com maquiagens assustadoras, eles protestaram contra a crise causada pelos banqueiros de Wall Street e ganharam o apoio de intelectuais como Salman Rushdie e Noam Chomsky.

Para ampliar a tensão nos Estados Unidos, os protestos romperam as fronteiras de Wall Street. Segundo reportagem do The New York Times, as manifestações estão também ganhando as ruas de cidades como Los Angeles e Chicago. Ou seja: de costa a costa, os Estados Unidos estão convulsionados. E no dia dos zumbis, os investidores sofreram. O índice Dow Jones caiu 2,36%, enquanto a Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia, recuou 3,29%. Na Bovespa, que voltou aos 50 mil pontos, a queda foi de 2,93%.

No Brasil, o Banco Central teve que intervir para impedir a disparada do dólar. Quando a moeda americana alcançou R$ 1,91, o Banco Central vendeu dólares, o que fez com que a moeda americana fechasse em R$ 1,89. Embora o dólar alto complique o combate à inflação, Mantega minimizou seus efeitos. "Não existe dólar ideal para um país que tem um câmbio flutuante existe dólar sobrevalorizado e subvalorizado. O real estava sobrevalorizado há um tempo. Eu me lembro que antes de tomarmos as medidas de derivativos estávamos com o câmbio a R$ 1,53 e se deixássemos ele iria abaixo de R$ 1,50. Imagina o que iria acontecer com a indústria com o câmbio a R$ 1,40, R$ 1,35. Nós revertemos e é claro que isso não ocorreu só por causa das medidas que tomamos", disse, acrescentando que, entre essas ações, estavam a adoção do IOF no mercado futuro de dólar e a redução da Selic pelo Banco Central.

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Folha de pagamento

Mantega também afirmou que a desoneração da folha de pagamento, experimentada em quatro setores da economia, pode ser ampliada. "A desoneração da folha de pagamento de quatro setores é experimental, mas a ideia é generalizá-la no futuro", afirmou. Mantega referiu-se à redução de impostos para quatro segmentos produtivos contemplados no lançamento do Plano Brasil Maior: confecções, calçados, móveis e softwares. O programa Brasil Maior, conjunto de políticas industriais, foi anunciado no dia 2 de agosto.

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O ministro da Fazenda destacou, contudo, que a ampliação da desoneração dos setores produtivos deve ser adotada pelo governo aos poucos. Uma semana após o lançamento do Plano Brasil Maior, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse em São Paulo que neste ano tal programa de abatimento de impostos seria restrito aos quatro primeiros setores. "Precisamos analisar as medidas e seus desdobramentos com cuidado para avaliar quais serão os próximos passos. Não deve haver outros setores contemplados ainda em 2011", afirmou Pimentel, à época.

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