Vale: problemas no exterior continuam
Desta vez, o impasse em Guin onde o presidente Alpha Conde cancelou projeto de reconstruo de ferrovia
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247_ A Vale levou uma rasteira do presidente de Guiné esta semana. Alpha Conde cancelou o projeto de uma estrada de ferro que estava acordado com a mineradora e vai aguardar outras propostas, segundo informou a agência Reuters.
A companhia havia oferecido US$ 1 bilhão para os reparos nos 640 quilômetros da ferrovia para o transporte de minério de ferro de Kankan, no interior, para Conacri, capital costeira de Guiné. A Vale tem participação na jazida Simandou, no sul do país.
Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (20) à noite, a mineradora confirmou que parou as obras na ferrovia a pedido do governo da Guiné. Ainda segundo a companhia, a reconstrução da malha férrea para transporte de carga e passageiros faz parte de contrato assinado com o governo. No entanto, as obras de implantação da primeira fase do projeto Simandou (mina de Zogota e estudos de viabilidade) seguem normalmente.
Há um ano, a Vale anunciou a compra de 51% na BSG Resources Guiné que possui as concessões para extração de minério de ferro no país. Um negócio de US$ 2,5 bilhões com potencial para exploração de 10 milhões de toneladas de minério de ferro a partir de 2012.
Impasse na Argentina
Além dos problemas na África, a Vale também está com pendências na vizinha Argentina. O governo da província de Mendoza ameaça tirar a concessão da mineradora para o projeto “Potássio Rio Colorado” no sopé da Cordilheira dos Andes. Autoridades locais cobram da companhia um relatório sobre o cumprimento das condições estabelecidas para a exploração do potássio. Entre outros compromissos assumidos, a Vale teria que contratar 75% de trabalhadores locais. O subsecretário de Hidrocarbonetos, Minas e Energia, Walter Vásquez, questiona que a companhia não está cumprindo os termos.
A Vale afirma que cumpre as normas estabelecidas desde a chegada à região. O prazo para a entrega do relatório ao governo de Mendoza com a descrição das operações se encerra no início de maio.
O projeto foi comprado da Rio Tinto por US$ 4,5 bilhões, em 2009. Se os políticos argentinos não brecarem os planos da Vale, a previsão é de produção de 2,4 milhões de toneladas por ano de cloreto de potássio a partir de 2013, além de construção de uma central de industrialização em Malargue, uma via férrea de 360 km e um porto na província de Buenos Aires.
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