Três dos maiores gestores brasileiros acreditam que meta de inflação é ‘inalcançável’ neste ano

Stuhlberger, Xavier e Jakurski defenderam mudança da meta neste ano, mas apontam necessidade de arcabouço fiscal

Stuhlberger, Xavier e Jakurski: meta de inflação é ‘inalcançável’ neste ano
Stuhlberger, Xavier e Jakurski: meta de inflação é ‘inalcançável’ neste ano (Foto: Reprodução | ABR)


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247 - Em um painel durante o evento CEO Conference, do BTG Pactual realizado nesta quarta-feira (15), três dos gestores mais bem-sucedidos da indústria de fundos do país defenderam que o debate sobre uma mudança na meta de inflação é válido, no entanto, André Jakurski (JGP), Luis Stuhlberger (Verde Asset) e Rogério Xavier (SPX) afirmaram que é preciso um questionamento sobre o patamar definido para a inflação e que a meta para este ano é "inalcançável". As informações são da Bloomberg.

Xavier, sócio fundador da SPX, foi o mais enfático ao dizer que a meta de inflação está errada e que deveria ser reavaliada no encontro do Conselho Monetário Nacional (CMN) desta quinta-feira (16). Possibilidade que já foi descartada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. 

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“Por que os economistas são tão reticentes em ‘stopar’ um erro?”, questionou. “Definimos essa meta de inflação há três anos e ela não irá se materializar. Por que estamos perseguindo um objetivo inalcançável?”.

Segundo o gestor, o custo de entregar uma meta nesse patamar (3,5%) é muito elevado.

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“O problema no debate sobre meta de inflação é não ter confiança na execução fiscal proposta pelo [ministro Fernando] Haddad. Tem que separar as discussões – a da meta de inflação, por exemplo, é que ela está errada. Não faz sentido nenhum perseguir uma meta de 3% e trabalhar com juro real de 8%”, afirmou.

O gestor da JGP, André Jakurski, reiterou a fala de Xavier sobre o erro na meta e avaliou que “o temor do mercado com relação à discussão recai sobre uma opção de válvula de escape, sem meta para o crescimento das despesas”, destaca a reportagem.  No entanto, Jakurski trouxe uma alternativa, e defendeu que “é preciso primeiro definir uma nova meta de inflação, para ver como vai funcionar, e depois resolver a PEC da reforma tributária, que pode ficar para o segundo semestre ou para 2024”, disse.

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Já Stuhlberger, da Verde Asset,  defendeu a criação de um arcabouço fiscal. “Buscar uma meta irrealista não é algo bom para o Brasil no momento atual, mas é preciso um arcabouço fiscal crível para isso”.

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