Toyota para produção na Europa. Motivo? O terremoto no Japão
Depois de um ms do desastre, a Toyota anuncia a interrupo das atividades na Europa e nos EUA por falta de peas
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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris – Os abalos do violento terremoto que atingiu o Japão no dia 11 de março chegaram à Europa. A Toyota anunciou a suspensão de cinco fábricas no Velho Continente entre 21 de abril e 2 de maio. Em seguida, as linhas de montagem rodarão em um ritmo reduzido até a montadora colocar em ordem seu estoque de peças de reposição. A penúria de materiais que justifica essa decisão está diretamente ligada à catástrofe do mês passado. Alguns fornecedores tiveram de encerrar suas produções após verem suas fábricas devastadas pelo tsunami. A logística do país também foi pertubada pela destruição de estradas. Sem contar com o corte de eletricidade em função do vazamento nuclear de Fukushima.
Em um primeiro momento, os fabricantes – japoneses ou não – afirmaram que as usinas fora do arquipélago não seriam impactadas pelo terremoto. Mas pouco a pouco, esse discurso mudou. A terceira economia mundial se rendeu e os parceiros europeus começam a sentir o impacto dessa catástrofe. O Credit Suisse calculou em mais de 120 bilhõesde euros o prejuízo do pós 11 de março. Na América do Norte, a suspensão dos trabalhos durante seis dias já tinha sido anunciada pelas mesmas razões.
Entre as vítimas dessa decisão estão duas fábricas na Grã-Bretanha, em Burnaston e em Deeside, uma na Turquia, em Adapazari, e outra na Polônia, em Jelcz-Laskowice. A única fábrica da Toyota na França, em Onnaing, no norte do País, também será atingida. Para os franceses, essa interrupção significa o desemprego parcial de aproximadamente 3,1 mil funcionários de um total de 3,5 mil, indica um porta-voz do grupo. “Apenas a montagem do modelo Toyota Yaris continuarão”, afirma a empresa em um comunicado. E mesmo assim, a linha especializada na produção do Yaris funciona em marcha lenta desde o dia 11 de março. Enquanto a usina está preparada para produzir 270 mil veículos por ano, ela atualmente roda a 60% de sua capacidade, num ritmo de 160 mil carros por ano.
As perturbações na Toyota podem continuar. O grupo anunciou no início da semana a intenção de retomar sua produção no Japão no dia 18 de abril. Mas, segundo uma carta enviada pelo diretor geral da filial americana, Bob Carter, aos seus distribuidores, o ritmo de trabalho continuará lento até o mês de julho. Nos Estados Unidos, a Toyota dispõe de menos de dois meses de estoque e deverá se confrontar com uma escassez de veículos durante o verão.
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