Toyota para no Brasil por falta de peças do Japão
Problemas de abastecimento em funo do terremoto no Japo paralisam produo na fbrica de Indaiatuba
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Depois da Europa, Estados Unidos e China, chegou a vez da Toyota do Brasil sentir os reflexos do terremoto no Japão, seguido de tsunami, ocorrido há mais de um mês. A Toyota Mercosul informou, nesta segunda-feira, 25, que as fábricas de Indaiatuba, no Brasil, e Zárate, na Argentina, vão paralisar a produção por alguns dias nos meses de abril e maio. De acordo com a montadora, a Toyota está levantando a situação dos estoques de peças fabricadas no Japão.
No Brasil, a planta de Indaiatuba, onde é produzido o sedã médio Corolla, ficará parada hoje (25/4) e nos dias 6e 20 de maio. Já na planta da Argentina, onde se produz onde produz a picape Hilux e o utilitário esportivo SW4, a fábrica ficará paralisada nos dias 13, 20 e 27 de maio. Os ajustes no cronograma de produção, no entanto, não vão afetar os empregos nas fábricas dos dois países. A Toyota emprega mais de 7.100 pessoas no Brasil e na Argentina.
Na Europa, a Toyota anunciou a suspensão da produção em cinco fábricas entre 21 de abril e 2 de maio. Em seguida, as linhas de montagem rodarão em um ritmo reduzido até a montadora colocar em ordem seu estoque de peças de reposição. A penúria de materiais que justifica essa decisão está diretamente ligada à catástrofe do mês passado. Alguns fornecedores tiveram de encerrar suas produções após verem suas fábricas devastadas pelo tsunami. A logística do país também foi pertubada pela destruição de estradas. Sem contar com o corte de eletricidade em função do vazamento nuclear de Fukushima.
Em um primeiro momento, os fabricantes – japoneses ou não – afirmaram que as usinas fora do arquipélago não seriam impactadas pelo terremoto. Mas pouco a pouco, esse discurso mudou. A terceira economia mundial se rendeu e os parceiros europeus começam a sentir o impacto dessa catástrofe. O Credit Suisse calculou em mais de 120 bilhõesde euros o prejuízo do pós 11 de março. Na América do Norte, a suspensão dos trabalhos durante seis dias já tinha sido anunciada pelas mesmas razões.
Entre as vítimas dessa decisão estão duas fábricas na Grã-Bretanha, em Burnaston e em Deeside, uma na Turquia, em Adapazari, e outra na Polônia, em Jelcz-Laskowice. A única fábrica da Toyota na França, em Onnaing, no norte do País, também será atingida. Para os franceses, essa interrupção significa o desemprego parcial de aproximadamente 3,1 mil funcionários de um total de 3,5 mil, indica um porta-voz do grupo. “Apenas a montagem do modelo Toyota Yaris continuarão”, afirma a empresa em um comunicado. E mesmo assim, a linha especializada na produção do Yaris funciona em marcha lenta desde o dia 11 de março. Enquanto a usina está preparada para produzir 270 mil veículos por ano, ela atualmente roda a 60% de sua capacidade, num ritmo de 160 mil carros por ano.
As perturbações na Toyota podem continuar. O grupo anunciou no início da semana a intenção de retomar sua produção no Japão no dia 18 de abril. Mas, segundo uma carta enviada pelo diretor geral da filial americana, Bob Carter, aos seus distribuidores, o ritmo de trabalho continuará lento até o mês de julho. Nos Estados Unidos, a Toyota dispõe de menos de dois meses de estoque e deverá se confrontar com uma escassez de veículos durante o verão.
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