Toyo Setal, que teve executivos delatores da Lava Jato, desclassifica concorrente na Petrobras alegando “inidoneidade” paradoxal

Disputa entre as empresas é para a construção do terminal de processamento de gás natural em Itaboraí. Proposta da Toyo Setal é quase R$ 92 milhões mais cara

Petrobrás e Toyo Setal
Petrobrás e Toyo Setal (Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil | Divulgação)


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Da sucursal de Brasília do 247 – Uma disputa comercial que ecoa os resquícios da Operação Lava Jato e ocorre no Tribunal de Contas da União e na 20ª Vara Federal de Brasília paralisa uma das principais obras em execução na Petrobras, a construção das unidades de processamento de gás natural no polo Gaslub em Itaboraí (RJ).

A Toyo Setal, empresa cujos executivos controladores Júlio Camargo e Augusto Mendonça foram dois dos primeiros delatores da Operação Lava Jato, conseguiu ser declarada “vencedora” de uma licitação interna da empresa petroleira para a obra em Itaboraí mesmo apresentando uma proposta de R$ 688 milhões – quase R$ 92 milhões acima da efetiva primeira colocada no certame, o consórcio IFM/Enisa.

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Derrotada no critério técnica e preço, a Toyo Setal alegou que o consórcio concorrente continha em uma de suas empresas, a Enisa, formada depois da recuperação judicial da IESA, um executivo investigado no período da Lava Jato. Com base nesse argumento, a Toyo Setal, ela mesma uma das primeiras corporações citadas nas investigações da extinta Operação Lava Jato, conseguiu por meio de recursos administrativos superar a concorrente.

O consórcio IFM/Enisa recorreu ao Tribunal de Contas da União e à 20ª Vara Federal no Distrito Federal argumentando assimetria paradoxal na decisão da comissão de licitação da Petrobras, que terminou por dar vitória a uma proposta R$ 92 milhões mais cara acatando unilateralmente e sem direito de defesa os argumentos da Toyo Setal.

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