Tombini: crise internacional afeta países emergentes

Se no fizermos alguma coisa, cenrio vai se deteriorar ainda mais, disse presidente do BC a respeito da segunda fase da crise financeira que comeou em 2008



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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse hoje que as economias maduras devem coordenar esforços para controlar a crise de dívida soberana, a fim de evitar que a economia global entre em um processo de severa desaceleração. "O cenário econômico é extremamente complexo e, se não fizermos alguma coisa, irá se deteriorar ainda mais nos próximos meses", disse Tombini em conferência de bancos centrais de países de língua portuguesa.

Segundo Tombini, o ambiente internacional problemático atingiu o crescimento das economias emergentes. "Estamos claramente na segunda fase da crise financeira que começou em 2008", acrescentou. "Isso criou desafios para as economias emergentes, com os quais tentamos lidar rapidamente".

Tombini participa da 21ª reunião de governadores de bancos centrais de países de língua portuguesa, que é preparatória para a assembleia do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que será realizada entre 20 e 25 de setembro, nos EUA.

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O presidente do BC afirmou que o Brasil está preparado para uma interrupção dos fluxos de capitais no caso de um aprofundamento da crise global. "Estamos preparados para uma parada dos fluxos. É um cenário com que não gostaríamos de lidar, mas estamos preparados", disse.

Durante o encontro em Lisboa, Tombini também falou hoje sobre a posição brasileira adotada dentro do G-20 no debate a respeito do gerenciamento do fluxo de capitais. O G-20 formou dois grupos de discussão sobre medidas a serem tomadas em relação à crise, e o Brasil faz parte da coordenação do grupo sobre o gerenciamento de fluxos de capitais.

"O Brasil tem tido atuação de destaque em coordenação com outros países. Em particular, contrapondo-se às posições de alguns membros em favor da adoção de guidelines ou códigos de conduta sobre respostas de políticas direcionadas a atenuar ou lidar com o impacto do fluxo de capitais", observou o presidente do BC brasileiro.

Tombini afirmou ainda que a apreciação do dólar teve consequências nas remessas de divisas no Brasil. "Em relação aos fluxos, várias empresas exportadoras trouxeram seus recursos de fora do País. Antes da crise, tínhamos 35% de investimentos e 65% de capitais mais voláteis. Agora estamos numa situação em que temos fluxos de 65% de investimentos e 35% de capitais mais voláteis".

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