Tombini: BC monitora caso dos títulos da Caixa

Presidente do Banco Central afirma no Congresso que autoridade monetria poder tomar providncias caso sejam encontradas irregularidades na venda de ttulos com lastro do FCVS pela Caixa Econmica Federal; ele defendeu a ao do BC sobre o banco Panamericano

Tombini: BC monitora caso dos títulos da Caixa
Tombini: BC monitora caso dos títulos da Caixa (Foto: Divulgação)


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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi questionado hoje em relação às denúncias publicadas na imprensa sobre operações com títulos públicos que podem dar prejuízo à Caixa Econômica Federal (CEF). Ele disse que o BC está atento a qualquer denúncia e que, se tomar conhecimento de algum fato, vai tomar providências. Disse ainda que não comentaria trabalhos de supervisão que estejam em curso, em resposta à pergunta da senadora Ana Amélia (PP-RS), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Em relação ao caso Panamericano, Tombini reafirmou que foi o BC, na sua atuação, que identificou as inconsistências contábeis e determinou adoção de providências. O presidente do BC acrescentou que a Caixa só foi autorizada definitivamente a entrar no capital do banco após a recomposição do capital do Panamericano. "O BC comunicou tempestivamente o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a Comissão de Valores Mobiliários e o Coaf", afirmou. "O BC atuou atendendo a suas obrigações legais."

Tombini prevê inflação menor e PIB maior em 2012

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Durante a audência, o presidente do Banco Central garantiu que a inflação do próximo ano ficará menor do que a de 2011 e que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) será maior. "Quero passar duas mensagens: a inflação de 2012 será menor do que a de 2011, e esse processo já se iniciou", disse. "E o crescimento econômico em 2012, na visão do BC, será maior que em 2011", continuou.

Tombini explicou que esse cenário é possível em razão dos efeitos defasados e cumulativos das medidas adotadas pelo governo até agora. Segundo ele, algumas medidas, como as do crédito, têm impacto no curto prazo. "Mas medidas no início do ano foram sentidas mais no terceiro trimestre. Primeiro, na economia, e depois, na inflação", observou. "Há efeitos defasados", voltou a enfatizar.

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Mostrando otimismo com a reação da economia brasileira, o presidente do BC previu que haverá aceleração do ritmo de expansão ao longo do próximo ano. "A expansão do segundo semestre será maior que a do primeiro de 2012", previu.

Tombini destacou que há uma política macroeconômica consistentemente conduzida no País e que o Brasil conta com um sistema financeiro sólido, o que é importante e o diferencia dos demais países. Ele disse ainda que o governo conseguiu manter e intensificar colchões de liquidez em moeda estrangeira e nacional e tomar ações tempestivas para minimizar impactos da economia internacional sobre o Brasil. "Lidamos, por exemplo, com a discussão dos EUA sobre elevação ou não do teto da dívida" citou.

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O presidente do BC falou que os indicadores de dívida externa apresentaram uma melhora significativa. Ele apresentou também outros dados que estariam melhores hoje do que no passado. "Isso nos dá conforto para enfrentar um cenário econômico mais adverso", disse. Tombini disse que o governo brasileiro tem capacidade de refinanciamento. "Este é um problema que está sendo enfrentado com grandes dificuldades no globo."

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