Taxa de juros, inflação e escassez de crédito empurram empresas para recuperação judicial
Nos primeiros dois meses de 2023, houve mais de 200 novos pedidos de recuperação judicial
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247 - As previsões para o número de pedidos de recuperação judicial neste ano aumentaram, devido à piora do ambiente macroeconômico, informa o Estado de S. Paulo. Altas taxas de juros, inflação persistente e uma inesperada escassez de crédito, em parte decorrente do colapso das Lojas Americanas e da quebra de bancos no exterior, contribuíram para o aumento nos pedidos. Nos primeiros dois meses de 2023, houve mais de 200 novos pedidos de recuperação judicial. Na última semana, a cervejaria Petrópolis entrou com um pedido de proteção contra credores e a varejista de moda Amaro entrou com um pedido de recuperação extrajudicial, na qual a negociação é feita com a maioria dos credores e os outros são obrigados a aceitar. Existem muitos outros nomes no mercado que podem engrossar essa lista.
Os processos de reestruturação de dívida realizados durante a pandemia de 2020 tinham vencimentos previstos para 2023 e 2024, e já indicavam a perspectiva de mais renegociações este ano, afirma Roberto Zarour, sócio da prática de Reestruturação e Insolvência do Lefosse. No entanto, a manutenção da taxa de juros em patamares elevados não estava prevista.
Diante desse cenário, o próprio escritório decidiu reforçar sua equipe, contratando novos profissionais, e espera que o número de pedidos supere o do ano passado. Segundo Zarour, "a manutenção da taxa de juros continuará pressionando o fluxo de caixa das empresas, e, por conta disso, a tendência é um aumento nas renegociações de dívida, tanto em âmbito judicial quanto extrajudicial".
Para Salvatore Milanese, sócio da Pantálica Partners, o número de pedidos de recuperação judicial deve aumentar em 50% em relação ao ano passado, em parte devido ao impacto do alto nível de inadimplência entre as pessoas físicas nas receitas das empresas.
(Artigo escrito com uso de inteligência artificial)
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