Sites de compras coletivas preocupam consumidor

FecomercioSP estuda novas regras para evitar descaso de empresas na internet; debate est marcado para a prxima semana

Sites de compras coletivas preocupam consumidor
Sites de compras coletivas preocupam consumidor (Foto: DIVULGAÇÃO)


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Ana Claudia Costa para o Brasil 247 - Comprar pela internet tornou-se uma prática muito comum na rotina dos brasileiros. De livros a geladeiras, os sites de compras coletivas dobraram seus faturamentos nos últimos anos, lucrando R$ 1,6 bilhão em 2011, de acordo com levantamento realizado pela E-bit, empresa especializada em avaliações de e-commerce no País. Praticidade e segurança são os grandes motivos que impulsionam as vendas eletrônicas, segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

Porém, em paralelo ao quadro, o número de consumidores insatisfeitos com esse tipo de serviço tem crescido exponencialmente. O Procon-SP realizou um levantamento entre janeiro e setembro de 2011 e constatou que os populares Groupon e Peixe Urbano são os campeões de reclamações, com 190 e 125, respectivamente. Ainda compõem a lista o Clube do Desconto e ClickOn, cada um com mais de 100 críticas recebidas. As principais queixas são: falta de entrega do produto e defeitos no item adquirido.

Para o diretor-executivo do Procon em São Paulo, Paulo Goés, se ampliada a pesquisa para todas as compras online, os números chegam a 22 mil chamados registrados. Ainda de acordo com ele, “os sites de compras coletivas são tão responsáveis pelo problema quanto o estabelecimento que oferece o mesmo serviço ou produto”. As empresas de compras coletivas, líderes de queixas, já foram notificadas sobre as reclamações. A multa por descumprimento ao direito do consumidor pode chegar a R$ 6 milhões.

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A dor de cabeça foi grande para o internauta Ricardo Botelho, que já participou de compras coletivas. Em 2011, Botelho adquiriu um umidificador e ionizador ultrassônico de 2 litros por meio do sistema ClickOn. Após inúmeras tentativas para confirmar o pedido, fez três reclamações seguidas ao site, sempre destacando que precisava de uma resposta até 30 de julho, data-limite para os produtos serem pagos. “Escrevi novamente e nada. Tentei ligar, ficou chamando por diversas vezes e, quando um sistema automático atendeu, fiquei esperando e sempre caía a ligação. Estou bastante insatisfeito com a ClickOn.”, escreveu Ricardo no site Reclame Aqui. Como prova da falta de compromisso com o consumidor, a empresa respondeu ao pedido de Botelho apenas em 1º de agosto.

Por meio de casos como esse, a FecomercioSP decidiu organizar um debate para o dia 23 de março, propondo novas regras para o funcionamento de sites de vendas coletivas. O objetivo do evento é avaliar a relação do consumidor com as empresas, que têm a função de intermediar a venda para o fornecedor. Para mais informações sobre o debate, acesse o site da FecomercioSP.

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A preocupação surge em um momento especial, após a decisão do Procon-SP de suspender temporariamente as vendas nos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, empresas de responsabilidade da B2W Companhia Global do Varejo. Entretanto, em menos de 24 horas, a liminar foi revogada pela Justiça de São Paulo na quarta-feira, 14/03, demonstrando que o serviço ineficiente continua sendo oferecido - a despeito de prejudicar o consumidor.

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