Silva e Luna afirma que Bolsonaro tentou intervir na Petrobrás

De acordo com general, sua relutância em atender pedidos do chefe de Estado colaborou para sua demissão. Silva e Luna relatou que sofria pressões constantes para trocar diretores

Presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna
Presidente da Petrobrás, Joaquim Silva e Luna (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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Agência Sputnik - Na segunda-feira (28), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), decidiu substituir o general da reserva Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras pelo especialista em energia Andriano Pires, conforme noticiado.

Em uma entrevista à revista Veja hoje (1º), Silva e Luna analisou seu mandato e fez fracas declarações acerca da relação do presidente da República com a estatal.

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Segundo o general, sua demissão aconteceu porque ele não concordou em seguir diretrizes e solicitações de Bolsonaro para empresa, e que "não colocou seus valores em xeque" porque "não vende sua alma a ninguém".

"O presidente é um político, minha relação com ele foi respeitosa. Mas, ao final, em razão de não poder alterar preços, não aceitar interferência dentro da empresa, não aceitar mudar pessoas aqui dentro, trocar diretores, esse foi o desfecho. Não vendo minha alma a ninguém, não coloco meus valores em xeque", afirmou Silva e Luna.

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Ainda de acordo com militar, ele sofreu "pressões crescentes" em torno do preço dos combustíveis e da troca de diretores.

"As pressões sempre foram crescentes. Em torno do preço dos combustíveis, por troca de diretores. Foram todas absorvidas, nunca cedidas. Nenhuma. Essas resistências foram crescendo, foram feitas algumas sinalizações públicas", afirmou.

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Entretanto, enviou votos positivos ao novo chefe da petrolífera dizendo que "vamos ver se meu sucessor tem sorte, de ele chegar aqui e acabar a guerra. Que esse conflito de oferta e demanda se equilibre".

De acordo com o UOL, Silva e Luna declarou que não conversou com Bolsonaro desde que soube que deixaria o cargo de presidente da Petrobras.

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"Próximo de dois meses que a gente não tem conversado. Tem trocas com [interlocutores], mas contato pessoal, não." 

O presidente da República vinha demonstrando insatisfação com a administração do general, já que acreditava que a atuação de Silva e Luna poderia ter sido mais incisiva perante a diretoria colegiada da estatal, segundo o R7.

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Mesmo com a demissão anunciada, o militar segue no comando da Petrobras até 13 de abril, quando será substituído por Adriano Pires.

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