Sicupira alega que não sabia do rombo bilionário, mas fazia parte do dia a dia da Americanas, dizem funcionários

Miguel Gutierrez, presidente da Americanas, chegava a telefonar para Sicupira durante reuniões antes de tomar decisões, segundo relatos

Carlos Alberto Sicupira
Carlos Alberto Sicupira (Foto: Divulgação/Expert/XP | Reuters/Ueslei Marcelino)


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247 - Sócio de referência da Americanas ao lado de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, Carlos Alberto Sicupira tinha atuação marcante no dia a dia da empresa, segundo relatos de funcionários colhidos pelo Estado de S. Paulo. Apesar disso, Sicupira, assim como Lemann e Telles, alega que não tinha conhecimento sobre o rombo de mais de R$ 40 bilhões nos números da Americanas.

De acordo com a reportagem, a expressão "ordem do Beto [em referência a Sicupira]" era comumente utilizada pelos funcionários para justificar alguma decisão ou comando. 

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O bilionário tinha atuação até mesmo sobre temas que geralmente não competem ao conselho de administração. Lemann, Telles e Sicupira já foram controladores da companhia, mas reduziram participação no último arranjo societário, anunciado em 2021. 

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Conforme os relatos, Sicupira comparecia à sede da Americanas no Rio de Janeiro uma vez por mês, mas sua "presença" foi mais forte nas chamas de vídeo realizadas durante a pandemia de Covid-19. 

Outro relato que mostra a influência do bilionário na empresa diz respeito ao presidente da Americanas, Miguel Gutierrez. "O Miguel falava sempre com ele”, diz uma fonte. "Vou ver isso aqui com o Beto" ou "falei com o Beto", dizia Gutierrez, segundo outro ex-funcionário.

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O presidente até mesmo interrompia reuniões para telefonar para Sicupira antes de tomar decisões. "Era um C-level (presidente executivo) mais fraco, menos autônomo do que o que se vê no setor", de acordo com fonte do segmento varejista.

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A "cultura" do trio - Lemann, Telles e Sicupira - era de uma busca feroz pelo sucesso financeiro. "Uma das fontes ouvidas pela reportagem traduz essa postura como uma espécie de 'cultura do medo'", diz o texto. Expressão semelhante aparece nos autos do processo que o banco BTG Pactual move contra a Americanas: era a cultura do "sucesso a qualquer custo".

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