Setor de serviços do Brasil aponta menor crescimento em um ano e meio em novembro, diz pesquisa

Confiança dos empresários do setor também caiu ao menor patamar em mais de um ano

Mulher faz compras em loja de roupas em Luís Eduardo Magalhães (BA)
Mulher faz compras em loja de roupas em Luís Eduardo Magalhães (BA) (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)


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Reuters - O setor de serviços do Brasil seguiu em expansão pelo 18° mês consecutivo em novembro, mas o crescimento desacelerou ao ritmo mais fraco dessa sequência de ganhos, enquanto a confiança dos empresários caiu ao menor patamar em mais de um ano, mostrou pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

O PMI de serviços brasileiro caiu a 51,6 no mês passado, contra leitura de 54,0 em outubro, informou a S&P Global nesta segunda-feira. O dado, com ajuste sazonal, seguiu acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, mas a expansão foi a mais fraca em um ano e meio.

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Segundo a pesquisa, algumas empresas consultadas indicaram que a incerteza no mercado e a perda de clientes prejudicaram o crescimento.

"Os provedores de serviços indicaram que a incerteza em relação às perspectivas das políticas públicas e da economia em geral prejudicou a demanda em novembro", avaliou a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima. Ela destacou que houve expansão de novos negócios, mas no ritmo mais lento desde maio de 2021.

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Já a confiança do setor nas perspectivas para os serviços recuou para seu nível mais baixo em 13 meses, com algumas empresas citando "maior incerteza devido a uma situação econômica e política desafiadora".

Essa visão vem em meio a incertezas fiscais, conforme o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva busca viabilizar amplos gastos extrateto a partir de 2023, esforço que vem causando ondas de estresse e volatilidade no mercado financeiro doméstico.

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Ainda assim, disse a S&P Global, os provedores de serviços estavam confiantes de que os níveis de atividade serão maiores dentro de um ano, devido a esforços de marketing, licitações, expectativas de juros mais baixos, inflação contida e reformas estruturais.

Houve aumento da inflação de custos no Brasil em novembro, com os prestadores de serviços alegando pagar mais por itens como equipamentos, fertilizantes e alimentos diante da força do dólar no período. A moeda norte-americana fechou o mês passado em alta frente ao real, e chegou a operar acima de 5,40 reais em certos pontos de novembro.

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Apesar dos custos mais altos, houve desaceleração da alta dos preços cobrados para a prestação de serviços em relação a outubro.

A manutenção do setor de serviços em território de expansão não conseguiu compensar a contração da indústria, de forma que a atividade do setor privado do Brasil encolheu em novembro. O PMI Composto do país caiu para 49,8 no mês passado, de 53,4 em outubro.

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