Servidores aprovam fim da greve no Banco Central, último órgão que ainda estava paralisado

O fim da paralisação, assim como nas outras carreiras, ocorreu mesmo sem a liberação de reajustes ou outros benefícios pelo governo

Banco Central
Banco Central (Foto: Marcello Casal Jr - Agência Brasil)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

BRASÍLIA (Reuters) - Os servidores do Banco Central aprovaram nesta terça-feira o fim da greve na autarquia, último órgão federal que ainda enfrentava paralisação.

A decisão foi tomada em assembleia na manhã desta terça, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do BC, Fábio Faiad.

continua após o anúncio

A mobilização no BC foi iniciada no início do ano, com interrupções parciais, e foi ampliada para uma greve no começo de abril. O fim da paralisação, assim como nas outras carreiras, ocorreu mesmo sem a liberação de reajustes ou outros benefícios pelo governo.

De acordo com o ministério da Economia, os servidores do Banco Central eram os únicos que seguiam em greve. A Receita Federal está em operação padrão, mas os empregados não chegaram a entrar em greve.

continua após o anúncio

Neste ano, segundo a pasta, também foram registradas greves ou operações padrão no INSS, Tesouro Nacional, Controladoria-Geral da União, Comissão de Valores Mobiliários e ministérios do Trabalho e Previdência e da Educação, além de carreiras de comércio exterior, planejamento e orçamento, políticas públicas e gestão governamental, policiais penais federais, delegados da Polícia Federal e auditores fiscais agropecuários.

O Executivo tinha até o fim de junho para definir, aprovar e sancionar todas as regras e reservas orçamentárias caso fosse conceder reajustes ainda neste ano. A lei eleitoral proíbe a liberação desses benefícios nos seis meses finais de mandato do presidente.

continua após o anúncio

Durante as negociações, o governo chegou a indicar que liberaria um aumento linear de 5% a todos os servidores federais a partir de julho deste ano, mas o plano travou e não foi efetivado. A ideia de aumentar o vale alimentação do funcionalismo neste ano também não saiu do papel.

Agora, as categorias pressionam para que as contas federais de 2023 prevejam dinheiro para reajustes. Embora a lei proíba que o governo conceda benefícios com efeito no próximo mandato, é permitido reservar recursos no Orçamento do ano que vem para que a próxima gestão efetive, ou não, o aumento.

continua após o anúncio

O Ministério da Economia informou que o valor reservado para reajustes nas diretrizes do Orçamento de 2023 é de 11,7 bilhões de reais, ressaltando que a proposta de Lei Orçamentária com o valor final será apresentada no fim de agosto.

A pasta informou ainda que mantém diálogo com os órgãos e entidades representativas dos servidores públicos, independentemente de movimentos grevistas.

continua após o anúncio

“Os pleitos relativos às relações de trabalho que possuam pautas não remuneratórias continuarão sendo tratados pelas áreas técnicas”, disse.

As paralisações de categorias afetaram serviços e atrasaram a divulgação de indicadores. No BC, por exemplo, foram impactados projetos internos e as apresentações de dados econômicos.

continua após o anúncio

Com o fim da greve, o BC informou que as divulgações passadas serão atualizadas assim que possível.

(Edição de Luana Maria Benedito)

continua após o anúncio

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247