Semana decisiva para a Europa

Mercado reage bem disposio de Paris e Berlim em tirar o euro da crise o mais rpido possvel. Novas medidas de austeridade anunciadas ontem pela Itlia podem elevar o otimismo dos investidores at a reunio dos lderes europeus

Semana decisiva para a Europa
Semana decisiva para a Europa (Foto: PHILIPPE WOJAZER/Reuters)


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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – A semana se anuncia crucial para a Zona do Euro. Uma série de encontros estão marcados para os próximos dias, a começar pelo almoço de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy na França, nesta segunda-feira. O mercado reagiu com otimismo à disposição de Paris e Berlim em tirar o mais rápido possível o euro da crise. Na sexta-feira, o CAC 40 terminou a semana no maior ganho em três anos. Além disso, a Itália decidiu agir no domingo mesmo com a divulgação de um novo plano de austeridade contra a crise. Mario Monti parece disposto a equilibrar as dívidas do país até 2013, mesmo que para isso tenha que mexer no sistema de aposentadoria.

Na agenda da semana, Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel se reunem hoje no Elysee às 13h30 "para apresentar propostas que garantam o futuro da Europa", nas palavras do Presidente da República Francesa. Os dois líderes vão tentar conciliar as suas opiniões sobre como lidar com a crise, incluindo o papel adequado do Banco Central Europeu.

Pelos argumentos da França, a Europa precisa de mais intervenção do Banco Central Europeu (BCE). A Alemanha, avessa à ideia, exige o estabelecimento de regras rígidas para alcançar uma união fiscal. Para isso, uma revisão dos Tratados europeus é indispensável. Neste ponto, França e Alemanha concordam. Ambas as propostas, entre outros, serão apresentadas aos parceiros europeus no Conselho de Chefes de Estado e de Governo, marcado para quinta-feira e sexta-feira, em Bruxelas.

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Enquanto o casal franco-alemão alinha as propostas, a Itália tenta colocar em prática um plano anti-crise para chegar à reunião dos líderes com boas perspectivas. O montante das medidas de austeridade adotadas ontem pelo italiano Mario Monti chega a cerca de 20 bilhões até 2014, enquanto os gastos com o crescimento, com o sistema industrial e com emprego somam mais de 10 bilhões. Esse novo plano deve permitir à Itália alcançar o equilíbrio do orçamento em 2013 – já que os planos de rigor de 60 bilhões de definidos em Julho e Setembro não serão suficientes para atingir esse objetivo.

As novas medidas incluem um aumento da tributação sobre o setor imobiliário, um imposto especial de 1,5% sobre o capital ajustado como parte da anistia fiscal aprovada pelo governo Berlusconi, um imposto sobre bens de luxo (carros, barcos, aviões) e medidas contra a evasão fiscal.

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O governo também abordou a questão da aposentadoria através da adopção de uma reforma, a partir de janeiro de 2012. O montante da pensão será calculado com base em toda a carreira e não no último salário recebido. A duração das contribuições atualmente fixada em 40 anos irá aumentar para 41 anos para mulheres e 42 anos para os homens. A idade de aposentadoria das mulheres no setor privado será de 62 anos no próximo ano e a dos homens será de 66 anos a partir de 2018.

Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – A semana se anuncia crucial para a Zona do Euro. Uma série de encontros estão marcados para os próximos dias, a começar pelo almoço de Angela Merkel e Nicolas Sarkozy na França, nesta segunda-feira. O mercado reagiu com otimismo à disposição de Paris e Berlim em tirar o mais rápido possível o euro da crise. Na sexta-feira, o CAC 40 terminou a semana no maior ganho em três anos. Além disso, a Itália decidiu agir no domingo mesmo com a divulgação de um novo plano de austeridade contra a crise. Mario Monti parece disposto a equilibrar as dívidas do país até 2013, mesmo que para isso tenha que mexer no sistema de aposentadoria.  

Na agenda da semana, Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã Angela Merkel se reunem hoje  no Elysee às 13h30 "para apresentar propostas que garantam o futuro da Europa", nas palavras do Presidente da República Francesa. Os dois líderes vão tentar conciliar as suas opiniões sobre como lidar com a crise, incluindo o papel adequado do Banco Central Europeu.

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Pelos argumentos da França, a Europa precisa de mais intervenção do Banco Central Europeu (BCE). A Alemanha, avessa à ideia, exige o estabelecimento de regras rígidas para alcançar uma união fiscal. Para isso, uma revisão dos Tratados europeus é indispensável. Neste ponto, França e Alemanha concordam. Ambas as propostas, entre outros, serão apresentadas aos parceiros europeus no Conselho de Chefes de Estado e de Governo, marcado para quinta-feira e sexta-feira, em Bruxelas.

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Enquanto o casal franco-alemão alinha as propostas, a Itália tenta colocar em prática um plano anti-crise para chegar à reunião dos líderes com boas perspectivas. O montante das medidas de austeridade adotadas ontem pelo italiano Mario Monti chega a cerca de 20 bilhões até 2014, enquanto os gastos com o crescimento, com o sistema industrial e com emprego somam mais de 10 bilhões. Esse novo plano deve permitir à Itália alcançar o equilíbrio do orçamento em 2013 – já  que os planos de rigor de 60 bilhões de definidos em Julho e Setembro não serão suficientes para atingir esse objetivo.


As novas medidas incluem um aumento da tributação sobre o setor imobiliário, um imposto especial de 1,5% sobre o capital ajustado como parte da anistia fiscal aprovada pelo governo Berlusconi, um imposto sobre bens de luxo (carros, barcos, aviões) e medidas contra a evasão fiscal. 

O governo também abordou a questão da aposentadoria através da adopção de uma reforma, a partir de janeiro de 2012. O montante da pensão será calculado com base em toda a carreira e não no último salário recebido. A duração das contribuições atualmente fixada em 40 anos irá aumentar para 41 anos para mulheres e 42 anos para os homens. A idade de aposentadoria das mulheres no setor privado será de 62 anos no próximo ano e a dos homens será de 66 anos a partir de 2018.

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