Secretário do Tesouro alerta para 'transtorno' a partir do novo texto da regra fiscal em 2024

Redação aprovada pela Câmara pode resultar em corte de até R$ 60 bilhões no Orçamento, afirma Rogério Ceron

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron (Foto: Divulgação)


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247 - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, concedeu entrevista ao Valor Econômico na qual expressou preocupação em relação à redação final do arcabouço fiscal aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada. Segundo Ceron, a nova redação cria um "transtorno grande" para a elaboração do Orçamento de 2024, caso não seja alterada pelo Senado. Esse cenário pode resultar em um corte estimado entre R$ 40 bilhões e R$ 60 bilhões nas despesas discricionárias, um problema que só será solucionado nos primeiros meses do próximo ano.

Ceron destacou que a nova versão do arcabouço fiscal possui um ponto positivo ao estabelecer uma forte relação entre a receita e a despesa. Segundo ele, "talvez um dos grandes pontos positivos do arcabouço é amarrar muito fortemente a receita com a despesa". No entanto, o secretário alertou para as consequências adversas dessa redação em relação ao Orçamento de 2024.

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Caso o texto seja mantido no Senado sem alterações, o governo terá que lidar com um desafio significativo na elaboração do Orçamento do próximo ano. A previsão é de um corte expressivo nas despesas discricionárias, que abrangem áreas como investimentos públicos e programas sociais. Os cortes estimados variam entre R$ 40 bilhões e R$ 60 bilhões, uma cifra que impactará diretamente diversos setores e programas governamentais.

Diante desse panorama, o prazo para o envio do Orçamento de 2024 ficará comprometido. A expectativa é que a peça orçamentária seja enviada somente no final de agosto. Com isso, o governo terá que encontrar soluções para o problema das despesas discricionárias cortadas nos primeiros meses do próximo ano.

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As discussões em torno da redação final do arcabouço fiscal ainda estão em andamento no Senado, onde os parlamentares têm a oportunidade de propor alterações ao texto. O governo espera que as modificações sejam feitas visando a mitigar os impactos negativos do projeto, garantindo uma elaboração mais adequada e equilibrada do Orçamento de 2024.

Rogério Ceron ressalta a importância de uma análise cuidadosa do texto durante a tramitação no Senado, destacando a necessidade de considerar os possíveis impactos nas finanças públicas e no planejamento governamental. Segundo ele, é fundamental buscar um equilíbrio entre as medidas de austeridade fiscal e a manutenção de investimentos essenciais para o desenvolvimento do país.

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Dessa forma, as discussões no Senado adquirem uma relevância crucial para a definição do arcabouço fiscal final e, consequentemente, para o futuro do Orçamento de 2024. O desafio agora é encontrar soluções que conciliem a responsabilidade fiscal com a garantia de recursos para áreas estratégicas e programas sociais, evitando um impacto excessivo nas despesas discricionárias e preservando o equilíbrio das contas públicas.

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