Santander compra e usa mailing da Telefonica

Negcio de 31 milhes de euros teria sido fechado em 2009, segundo jornal espanhol expansin; com as informaes cadastrais de 190 milhes de clientes na Amrica Latina, banco partia para a venda de seguros; bancrios dizem que banco espanhol dirigido por Marcial Portela no Brasil destaque negativo em pesquisa sobre estresse na categoria



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247 – A agência de notícias Reuters está distribuindo a informação de que o banco Santander teria comprado, por 31 milhões de euros, o mailing com 190 milhões de nomes e informações pessoais da Telefonica na América |Latina. De posse das informações, o banco faria abordagens para a venda de seguros e outros produtos financeiros. A prática sugere invasão de privacidade e é ilegal.

Abaixo, o telegrama da Reuters, feito a partir de informações publicadas originalmente no jornal espanhol Expansión:

O banco espanhol Santander aceitou pagar à Telefónica 38 milhões de euros (US$ 54,5 milhões) para ter acesso a dados sobre seus clientes na América Latina e direcionar ofertas de seguros, publicou o jornal Expansion.

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O acordo, assinado entre a Santander Insurance Holding e a Telefónica Internacional (Tisa) em 2009, dá ao maior banco da zona do euro acesso a bancos de dados sobre 190 milhões de clientes da operadora espanhola de telecomunicações, segundo edição do diário financeiro desta segunda-feira.

O Santander assinou três contratos com a Telefónica e ainda tem que pagar 7,5 milhões de euros, afirmou o jornal.

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A América Latina é um mercado importante para ambas as empresas, particularmente em um momento em que clientes espanhóis reduzem gastos por causa da situação econômica da Espanha. Um em cada cinco trabalhadores espanhóis está desempregado e muitos empregados tiveram salários congelados ou cortados.

O Santander tem 40,3 milhões de clientes na região, enquanto a Telefónica tem 190,3 milhões, com mais de 40% deles no Brasil e 22,5 milhões na Argentina.

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Representantes do Santander ou da Telefónica não estavam disponíveis imediatamente para comentar o assunto.

Abaixo, notícia publicada hoje por 247 sobre pesquisa do Sindicato dos Bancários de São Paulo que mostra o Santander como destaque negativo em condições de trabalkho que geram estresse entre os profissionais da categoria:

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Marco Damiani_247 – Sob o tema “Bancário não é Máquina”, a campanha salarial da categoria em São Paulo está apoiada em uma pesquisa qualitativa e quantitativa sobre as condições de trabalho nos bancos públicos e privados, realizada em dezembro do ano passado. Foram ouvidos 818 profissionais do Bradesco, Itaú/Unibanco, Santander, HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, divididos em 10 grupos. O quadro resultante do levantamento, segundo o sindicato, é grave. Nada menos que 65% dos entrevistados afirmaram sofrer de estresse. A maioria, ou 52%, acusou disfunções relacionadas ao trabalho, como LER/Dort e cansaço permanente. Entre os caixas, 72% se queixaram de pressão excessiva por parte das chefias. Estas, por sua vez, representadas pelos gerentes, reclamaram da imposição de metas abusivas por resultados, num porcentual de 62%. Praticamente a metade da categoria (49%) não consegue ver seus esforços sendo reconhecidos pelos superiores.

Nesse quadro, uma instituição apresentou o cenário mais preocupante para os dirigentes da categoria. “O Santander se destacou negativamente no nosso levantamento, com muitas queixas sobre as condições de trabalho vigentes no banco”, disse ao 247 a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. “O fato de a operação do Santander no Brasil ser hoje a mais lucrativa do banco em nível global tem feito com que as cobranças por resultados sejam cada vez maiores, prejudicando diretamente a saúde dos seus profissionais”. Presidido pelo espanhol Marcial Portela, ligado diretamente ao presidente mundial da organização, Emílio Botín, o Santander tem praticado uma política de economizar recursos em sua atividade bancária no Brasil para se concentrar na remessa de recursos para a sede mundial, a fim de suprir o baixo desempenho da instituição em países como Espanha e Inglaterra. Em julho, a agência de classificação de risco Moody´s anunciou que as notas do Santander entraram em processo de revisão, o que o mercado vê como prenúncio de um possível rebaixamento a ser anunciado nas próximas semanas.

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Para sublinhar os efeitos da pressão por resultados, o sindicato tem realizado atos de campanha salarial, como concentrações e passeatas, nas quais os bancários aparecem com alegorias que remetem aos remédios “tarja preta”, como são os destinados ao combate do estresse, da depressão e da baixa na auto-estima. Na semana passada, 247 publicou a reportagem “Estresse total no Santander” -- http://www.brasil247.com.br/pt/247/economia/13387/Stress-total-no-Santander.htm --, que despertou o envio de diferentes comentários com relatos sobre situações de pressão excessiva por resultados dentro do banco. Eles apontaram, inclusive, o maior uso de medicamentos “tarja preta” em razão dessa pressão. Procurado por 247, o Santander remeteu a divulgação de informações à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que está coordenando as negociações da campanha salarial. Os bancários querem reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5% e reposição da inflação projetada de 7,5%), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500; valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545). Eles pedem, ainda, o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral, além de mais segurança e empregos.


 

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