Risco de calote dos EUA derruba ações de bancos

H medo de calote nas dvidas dos Estados Unidos, de um lado, e de que a Itlia no resolva sua crise fiscal e contamine outros pases europeus; todas as bolsas de valores fecharam no vermelho; bancos americanos foram os que mais perderam



✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 _ Duas reuniões, uma em Washington, na Casa Branca, e outra em Bruxelas, na Comissão Europeia, deixaram os mercados financeiros em pânico hoje. A primeira, iniciada na noite do domingo, mobilizou o presidente Barack Obama, seus principais assessores econômicos e oito parlamentares da Câmara de Representantes. Eles não chegaram a qualquer acordo sobre o aumento no teto de endividamento do governo, atualmente em US$ 14, 3 trilhões. Sem dinheiro novo, os Estados Unidos adiantaram que não terão condições de honrar seus compromissos com o mercado. Em outras palavras, avisam que irão dar um calote sem precedentes. Na Europa, enquanto isso, o presidente da Comissão Europeia, Herman van Rompuy, convocou também no domingo, de surpresa, uma reunião com todos os ministros de Finanças da zona do euro. Não se admite oficialmente, mas o encontro, realizado nesta segunda, foi marcado para tratar da delicada questão da Itália.

Terceira economia do continente, a Itália não consegue aprovar em seu parlamento um plano de arrecadação fiscal que faça frente aos gastos do governo e aos compromissos com o mercado. O quadro econômico da Espanha, que teve sua nota de classificação de risco de inadimplência rebaixada para 300 pontos, também esteve na pauta.

O resultado dessa movimentação foi um dia negro para as bolsas de valores em todo mundo. Em Nova York, o índice Dow Jones, que apura o desempenho das 30 principais ações cotadas, recuou 1,20%.O Standard & Poor´s, que mede a variação de 500 papeis, caiu em 1,81%. Na bolsa eletrônica Nasdaq, a baixa foi ainda mais acentuada, de 2,00%. As ações dos bancos americanos foram as que mais sofreram diante da possibilidade do calote nos compromissos financeiros do país. Bank of America caiu 2,90%, Citigroup perdeu 2,87%, J.P.Morgan ficou em 2,70% negativos e o Goldman Sachs recuou 1,65%. Na Europa, a bolsa de Frankfurt registrou um fechamento de negócios com 2,33% negativos e, em Paris, as perdas foram de 2,31%.

continua após o anúncio

A bolsa de São Paulo também amargou perdas altas, de 2,28% no Ibovespa. Para a terça-feira, à medida em que a indecisão prosseguir nos dois lados do Atlântico, a tendência é de mais um dia negro para os mercados. O receio só vai se dissipar, na frente americana, se o presidente Barack Obama conseguir convencer o Congresso a aumentar os limites de endividamento do País. Nesta segunda, ele foi até a sala de imprensa da Casa Branca para explicar as ações que os Estados Unidos precisam tomar para evitar o risco de calote em agosto. Com dívidas de US$ 14,3 trilhões, o presidente parece confiante que encontrará uma saída, embora também se mostre evasivo. “Nós vamos encontrar meios de resolver essa séria questão”, disse Obama. “Essa discussão teria que acontecer algum dia. E ela está sendo agora.”

A perspectiva do não pagamento de dívidas pelo governo da maior economia do mundo está elevando a tensão na alta cúpula da economia mundial. “Eu não posso imaginar por um segundo que os Estados Unidos possam dar um calote”, disse ao The Wall Street Journal a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde. “Isso seria um verdadeiro choque e uma má notícia para a economia dos EUA". Para ela, o calote americano "certamente comprometeria a estabilidade" da economia global. "Espero que haja inteligência suficiente dos dois partidos e compreensão do desafio que está à frente dos Estados Unidos, mas também do resto do mundo", declarou.

continua após o anúncio

 

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247