Reunião do CMN termina sem votos sobre meta de inflação

Conselho Monetário Nacional é composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - 07/02/2023
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - 07/02/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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BRASÍLIA (Reuters) - A reunião do Conselho Monetário Nacional terminou nesta quinta-feira sem que o colegiado tenha aprovado medidas relativas à meta de inflação.

Diante de fortes críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos níveis da taxa de juros e das metas de inflação, o mercado financeiro especulava que o governo poderia eventualmente elevar a meta de inflação em uma tentativa de criar espaço para a redução mais acelerada da taxa de juros.

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A expectativa de que essa decisão viesse na primeira reunião do CMN do ano --que vinha pressionando o câmbio e, em menor intensidade, as ações-- já havia perdido força esta semana depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o tema estivesse na pauta da reunião do colegiado, a quem cabe fixar as metas anualmente, em decisão que normalmente acontece em junho.

A meta de inflação de 2023 é de 3,25%. Para os dois anos seguintes, o alvo a ser perseguido pelo BC é uma inflação de 3%. Em todos os casos há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A meta de 2026 será fixada este ano.

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O CMN é atualmente composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Depois de dias de conflito com o BC, a ordem no governo é baixar a temperatura e deixar o assunto fora do Palácio do Planalto, uma posição que Lula vem sendo convencido a abraçar e que já adota desde a viagem aos EUA na semana passada, apontaram fontes ouvidas pela Reuters.

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Em entrevista à CNN Brasil nesta quinta-feira, Lula disse não querer brigar com o presidente do BC, mas ressaltou que Campos Neto precisa saber que "neste país a gente tem que governar para as pessoas que mais necessitam".

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