Resultado da Brasil Foods cresce 279% no semestre
Aps deciso favorvel do Cade sobre fuso Sadia-Perdigo, empresa de alimentos mira economia de R$ 500 milhes com sinergia
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247_Pela primeira vez, a Brasil Foods (BRF) apresentou seus resultados trimestrais sem o peso do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre as costas. Depois de o órgão de proteção à concorrência aprovar a fusão entre Sadia e Perdigão, a gigante do setor de alimentos poderá mirar a economia de R$ 500 milhões com as operações. Mas, antes de conquistar essa sinergia, a empresa pode comemorar os resultados recordes do semestre deste ano. No período, a BRF lucrou R$ 881 milhões, 279% a mais na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo trimestre, o ganho de R$ 498 milhões representa 190% de alta sobre 2010. "Os números são muito positivos e nem os impasses com a aprovação da união Sadia e Perdigão no Cade atrapalharam nosso desempenho", afirmou Leopoldo Saboya, vice-presidente de finanças e relações com investidores.
A geração de caixa dos seis primeiros meses de 2011, medido pelo Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações), foi de R$ 1,6 bilhão e a receita líquida cresceu 16% para R$ 12,3 bilhões. "A BRF continuou a demonstrar boa performance operacional, sendo beneficiada também pela captura de sinergias, a despeito do ciclo altista das commodities agrícolas e valorização do real", diz o comunicado. Na BM&FBovespa, o papel BRFS3 operava a sexta-feira em alta e acumula ganhos de mais de 8,5%.
O presidente José Antonio Fay afirmou há alguns dias que a BRF vai montar mais fábricas no exterior para se tornar uma empresa internacional local, ou seja, quer participar do dia a dia dos países nos quais a processadora de alimentos estiver instalada. No balanço, a BRF informa que construirá uma fábrica nos Emirados Árabes Unidos a um custo de US$ 120 milhões, que previsivelmente começará a operar no final de 2012 e que terá capacidade máxima de aproximadamente 80 mil toneladas por ano. O Oriente Médio representa 31,8% das vendas internacionais da empresa brasileira, que é a maior exportadora mundial de frango.
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