Reforma Tributária é considerada importante por 56% da população brasileira para reduzir desigualdades, revela estudo

Reforma tributária é a próxima iniciativa do ministro Fernando Haddad

Ferando Haddad
Ferando Haddad (Foto: Valter Campanato/ag. Brasil)


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247 – Uma pesquisa inédita do Instituto IDEIA lançada no Brazil Forum UK revelou que 56% da população brasileira considera a Reforma Tributária importante para reduzir as desigualdades no país. O estudo também mostrou que 44% dos brasileiros discordam de uma mudança que não resulte em uma redução da carga tributária.

Apesar de ser um tema recorrente na imprensa e nas discussões políticas e econômicas, muitos cidadãos brasileiros não estão familiarizados com os detalhes da pauta em discussão no Poder Legislativo. Segundo a pesquisa, 36% dos entrevistados não têm conhecimento sobre o assunto, mas gostariam de saber mais, enquanto outros 32% estão informados sobre as discussões devido ao seu interesse na questão. Surpreendentemente, 32% dos entrevistados afirmaram não se interessar pelo tema, embora 14% dessa parcela tenham tido algum conhecimento sobre a pauta.

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O estudo revelou ainda que, embora 76% dos entrevistados saibam que existem tributos incidentes sobre produtos e serviços, apenas 36% buscam informações sobre as alíquotas aplicadas. Além disso, 65% afirmam desconhecer a alíquota média dos tributos pagos no Brasil.

Quando questionados sobre uma reforma que não reduza a carga tributária no país, 44% dos entrevistados discordam, alegando que os impostos já são muito altos e dificilmente trariam os retornos esperados. Por outro lado, 26% concordam com uma nova política tributária que não revise necessariamente as alíquotas atuais, desde que haja uma melhoria nas condições dos serviços públicos.

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A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre a importância de considerar as desigualdades socioeconômicas do Brasil na Reforma Tributária. Nesse sentido, 56% concordam que a reforma deveria implementar estratégias para reduzir essas desigualdades, enquanto apenas 6% discordam. Os demais entrevistados se mostraram indiferentes ou não souberam opinar.

Maria Angélica dos Santos, pesquisadora e professora adjunta de Direito na Universidade Federal de Viçosa (UFV), que contribuiu para o desenvolvimento do estudo, destacou a importância de considerar a opinião da população sobre os temas em debate, tornando o assunto palpável, sensível e democrático.

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Outro aspecto abordado na pesquisa foi a percepção dos entrevistados em relação à possibilidade de o sistema tributário brasileiro ser racista. Enquanto 37% das pessoas nunca haviam pensado sobre essa questão, 33% concordam que, proporcionalmente à sua renda, as pessoas negras, em sua maioria pobres, são mais tributadas do que as pessoas brancas e ricas.

No que diz respeito à tributação, a maioria dos entrevistados (52%) acredita que ela deveria recair menos sobre o consumo de bens de primeira necessidade e mais sobre a propriedade ou bens que evidenciem riqueza, como carros de luxo, iates, helicópteros, mansões e grandes fortunas. Apenas 7% discordam dessa orientação.

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Por fim, os entrevistados também opinaram sobre a relação entre a carga tributária e questões de gênero. Para 48% deles, a reforma deveria reduzir os tributos sobre produtos consumidos por mulheres e produtos hormonais destinados a pessoas trans. Além disso, 56% acreditam que a reforma deveria contemplar uma redução dos impostos sobre tarefas de cuidado, como gestão da casa, cuidado dos filhos, cuidado com higiene doméstica e pessoal dos membros da família.

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 16 de maio e ouviu 1581 pessoas maiores de 16 anos, distribuídas pelas cinco regiões do país, de acordo com a proporção populacional e faixa etária. Os resultados possuem uma margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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