Que coisa feia, Buffett
O megainvestidor sabia que um de seus executivos tinha aes de uma empresa que ele comprou. No fez nada e isso pegou mal
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Warren Buffett é um dos maiores ídolos do capitalismo global. As tacadas certeiras, o jeito simples de viver, o estilo descomplicado de gerir os negócios fizeram dele um sujeito com a popularidade de um astro do show-business. Mas agora uma mancha prejudica a imagem de honestidade e retidão do megainvestidor. Um de seus principais executivos, David Sokol, recomendou a Buffett a compra de uma companhia, da qual mantinha um grande lote de ações. Com o anúncio do negócio, o valor dos papéis certamente subiria e Sokol levaria uma bolada com um gesto que facilmente seria classificado como inside information, ou informação privilegiada. O pior: Buffett sabia disso tudo e não falou nada. Nem uma advertência, nem um puxão de orelhas, nem uma cara feia. Nada.
O acordo para a compra da companhia foi firmado e anunciado, mas a história das ações de Sokol veio a público. A imagem de Buffett ficou abalada. “É estranho que não tenha havido nenhum sinal de Buffett para que as coisas não fossem feitas dessa forma”, disse Greggory Warren, analista da Morninstar, ao The New York Times.
Assim que o caso vazou, Buffett soltou um comunicado. “Foi uma menção pontual e não perguntei a data da compra ou a quantidade de ações”, afirmou no texto. No mesmo comunicado, avisa que Sokol havia pedido demissão do cargo. O executivo era um dos nomes cotados para suceder Buffett no comando do Berkshire Hathaway, o fundo de investimentos do megainvestidor. Sua carreira está acabada – pelo menos nas empresas de Buffett.
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