PwC, auditoria da Americanas, demite oito sócios após escândalo na Austrália
A empresa afirmou que a investigação ainda está em andamento em algumas áreas
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SYDNEY, 3 de julho (Reuters) – A PwC Austrália demitiu oito sócios, incluindo seu ex-CEO, como parte de uma investigação interna sobre o vazamento de planos fiscais governamentais confidenciais por um ex-sócio, afirmou a empresa na segunda-feira.
A investigação encontrou vários exemplos em que o "uso indevido de informações confidenciais" violou os padrões profissionais e também identificou "uma falha de liderança e governança" em lidar com as violações, disse a PwC em comunicado.
"A responsabilização é fundamental para melhorar nossa cultura e, com base em nossa investigação até o momento, está claro que a conduta de vários sócios ficou aquém do esperado. Agora eles estão sendo responsabilizados por sua conduta imprópria", disse a CEO interina Kristin Stubbins no comunicado.
As demissões marcam a mais recente ação da PwC para conter as repercussões de um escândalo, depois que um ex-sócio que assessorava o governo australiano em novas leis fiscais para combater a evasão fiscal corporativa compartilhou rascunhos confidenciais com colegas, que foram usados para obter negócios em todo o mundo.
Os oito sócios, que saíram ou estão em processo de saída, incluem o ex-CEO Tom Seymour, que renunciou em maio após admitir que havia recebido e-mails contendo informações confidenciais sobre os planos fiscais do governo.
Seymour e os outros sete sócios mencionados pela PwC não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.
Três dos sócios foram identificados por ações que "não cumpriram suas responsabilidades profissionais".
Os outros cinco, incluindo o chefe da divisão de serviços financeiros da empresa, foram removidos por falhas em prevenir as ações ou "responsabilizar os outros por seus comportamentos".
"Isso permitiu que comportamentos inadequados persistissem sem responsabilização. Esses comportamentos não são e nunca foram aceitáveis de acordo com os padrões da PwC", afirmou o comunicado da PwC, uma das quatro maiores empresas de contabilidade do mundo.
Na semana passada, Stubbins prometeu consequências graves para os envolvidos em um escândalo que custou à empresa grandes clientes e a obrigou a separar seu lucrativo negócio de consultoria no setor público por A$1.
A empresa afirmou que a investigação ainda está em andamento em algumas áreas.
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