'Propostas da direção da Petrobrás estão na contramão do interesse nacional', diz Aepet

"Alinhamento com os pares sugere a submissão da direção da Petrobrás aos interesses e prioridades das petrolíferas estrangeiras", diz nota do vice-presidente da Associação

(Foto: ABR)


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247 - Em nota publicada nesta quarta-feira (5), a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) criticou as propostas da direção da estatal apresentadas pelo diretor financeiro Sérgio Caetano Leite para o Planejamento Estratégico.

"Das propostas podemos apreender não apenas o caminho que se pretende seguir, mas também aqueles que foram descartados", destacou o vice-presidente da Aepet, Felipe Coutinho.

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Na visão da associação, as propostas revelaram que não se pretende ampliar o parque de refino ou recuperar as refinarias privatizadas - RLAM (BA), REMAN (AM) e LUBNOR (CE).

"Além disso, o 'foco em produtos de alta qualidade e de baixo carbono' e o 'uso de matérias primas renováveis e desenvolvimento de produtos sustentáveis' no refino, está em contradição com 'os ganhos de eficiência' e o objetivo de 'estar entre os melhores refinadores do mundo', já que os custos da produção do BioQAv e do Diesel Renovável, a partir de óleos vegetais e gorduras animais, são muito maiores que os custos da produção dos seus congêneres, QAv e Diesel, de origem fóssil", acrescentou Coutinho.

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O engenheiro químico também criticou o fato de que a Petrobrás pretende priorizar "o alinhamento com os pares", inclusive alinhando os investimentos ao nível dos pares e privilegiando parcerias.

"Fica claro que não se pretende aumentar significativamente os investimentos, com políticas de conteúdo nacional. O alinhamento com os pares sugere a submissão da direção da Petrobrás aos interesses e prioridades das petrolíferas estrangeiras", afirmou. "As opiniões e a atuação histórica do senador Jean Paul Prates (PT-RN) são contraditórias e incompatíveis com as políticas defendidas pela Aepet."

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De acordo com o vice-presidente da Aepet, o foco da Petrobrás deveria ser:

  • Auditoria das privatizações dos seus ativos e a recuperação da BR Distribuidora, das malhas de gasodutos da NTS e da TAG, das refinarias RLAM (BA) e REMAN (AM), das distribuidoras de GLP (Liquigás) e de gás natural (Comgás).
  • Conclusão do 2o trem da RNEST (PE), do COMPERJ (RJ) e a ampliação do parque de refino.
  • Retomada e o aumento da produção de fertilizantes, biodiesel e etanol.
  • Integração vertical com maior participação e operação de unidades petroquímicas.
  • Alteração da política de preços com o fim dos Preços Paritários de Importação (PPI), adotando preços justos e competitivos, abastecendo o mercado brasileiro aos menores custos possíveis.
  • Elevação dos investimentos com a adoção de políticas de conteúdo nacional e substituição de importações.
  • Estabelecimento de um plano nacional de pesquisa e desenvolvimento em energias potencialmente renováveis, sob a liderança da Petrobrás.

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