Privatizada, refinaria Landulpho Alves muda fórmula de anúncio de reajuste e dificulta comparação

Segundo cálculos do Dieese, a alta foi de 6,98% na gasolina e de 4,14% no diesel, o que não é justificável nem pela política de Preço de Paridade de Importação

Refinaria Landulpho Alves (RLAM)
Refinaria Landulpho Alves (RLAM) (Foto: Divulgação)


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FUP - Ao contrário da Petrobrás, que anuncia o reajuste dos combustíveis em porcentagem, a Acelen – a holding do fundo árabe Mubadala, que assumiu em 1° de dezembro a gestão da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, renomeada Refinaria Mataripe – usou uma fórmula diferente, mudando a métrica e a forma de divulgação, apresentando o reajuste em centavos por metro cúbico, que entrou em vigor em 1° de janeiro. 

A mudança de cálculo dificulta a comparação com o modelo da estatal e confunde o consumidor, que fica sem ter noção do aumento real, afirmou o diretor do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.

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Porém, segundo análise técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o reajuste da gasolina efetuado pela Acelen foi de 6,98% e o do diesel, 4,14%.

Não há nada que justifique o aumento dos combustíveis, imposto pela Acelen no primeiro dia do ano de 2022, disse Costa. “Mesmo se usarmos a lógica do PPI (Preço de Paridade de Importação) – adotado pela atual gestão da Petrobrás – não encontramos explicação para o aumento, pois não houve variação do dólar e nem do barril do petróleo neste período”, destacou. 

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“Bastaram poucos dias após o anúncio oficial da venda da refinaria pela Petrobrás para o falso discurso da concorrência privada ser desmascarado”, ressaltou o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. Ele lembra que, após assumir a gestão da RLAM, em dezembro último, a Acelen suspendeu o fornecimento de óleo bunker para os navios no Terminal de Madre de Deus (Temadre, BA), e não reduziu o preço da gasolina comercializada no estado, como anunciou a Petrobrás, na ocasião, para as suas refinarias.

Segundo a FUP, em comparação com as 12 refinarias da Petrobrás, a RLAM, privatizada, é a que oferece ao mercado a gasolina e o diesel mais caros. Com este novo reajuste, a gasolina já ultrapassa os R$ 7,00 o litro, chegando a R$ 7,49 em alguns postos do estado.

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