Pressionado, Silvio Berlusconi busca reação italiana
Cpula da Unio Europeia exige que Itlia assuma suas responsabilidades para diminuir dficit colossal. Primeiro-ministro convocou hoje conselho para discurtir reforma da aposentadoria
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247 – Se a cúpula da União Europeia não chegou a nenhum acordo ontem sobre a crise financeira, ela parece ter aos menos surtido algum efeito na Itália. O primeiro-ministro Silvio Berlusconi convocou para hoje a organização de um conselho de ministros extraordinário. A dívida de 120% do PIB e o risco de contágio da crise grega tornam a Itália um dos principais alvos de preocupação dos parceiros europeus. Eles deixaram bem claro o quão insatisfeitos estão com a falta de medidas do governo italiano para estimular o crescimento e reduzir o déficit colossal. « Nós dissemos claramente à Silvio Berlusconi que a Itália deve fazer de tudo para estar a altura de suas responsabilidades », disse a primeira-ministra Angela Merkel. Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi ainda mais categórico: « é inconcebível solicitar ajuda dos parceiros sem fazer os eforços necessários ».
Na manhã de hoje, Berlusconi decidiu usar a humilhação de ontem a seu favor. « Eu quero aproveitar essa situação para tentar avançar as medidas que não consegui aplicar até agora por divergências da maioria », disse o primeiro-ministro. A principal questão é a reforma da aposentadoria. O chefe de Estado quer incitar os parlamentares a aumentar a idade da aposentadoria à 67 anos – atualmente ela está em 58 e 65 anos, de acordo com o sexo e status do trabalhador italiano.
O parlamento italiano aprovou dois planos de austeridade em Julho e Setembro - o último no valor de 54 mil milhões de euros – visando o equilíbrio orçamental em 2013 e a redução da dívida. Mesmo assim, a Moody's e Standard & Poor's baixaram a nota de classificação de risco da Itália.
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