Pressão sobre o Euro diminui, mas crise grega continua em alta
Apesar das revises negativas da Standard Poors, atmosfera da primeira reunio do ano dos ministros europeus de Finanas mais descontrada do que em dezembro."O euro estar melhor em 2012", afirma Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu
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Roberta Namour, correspondente do 247 em Paris - O euro se afasta do abismo. Dez dias após a degradação de nove países, incluindo França, os ministros das Finanças que se encontram em Bruxelas hoje sentem que o pior já passou: os mercados ignoraram as revisões da Standard & Poors e os estados puderam manter seus empréstimos a taxas reduzidas.
A atmosfera da primeira reunião do ano é muito mais descontraída do que em dezembro, quando a Espanha, Portugal e, especialmente a Itália viram suas taxas explodirem. Mas o cenário agora é outro. A França, ferida pelo rebaixamento da S&P, acaba de fazer um empréstimo de 18 bilhões de euros a taxas menos elevadas do que em novembro, quando ainda tinha seu tríplo A.
"O euro estará melhor em 2012", pode dizer agora Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu. O Banco de Frankfurt, tem uma grande parte desse mérito ao disponibilizar aos bancos 489 bilhões de euros a baixas taxas de juros, o que facilita os empréstimos sem violar a regra que o proíbe de financiar diretamente os déficits públicos.
A pressão diminuiu no coração da Europa, mas não enfraquece na Grécia. Dois anos depois que soou o alarme, Atenas está mais uma vez à beira da falência. O governo de Papademos deve reembolsar 14 bilhões de euros até 20 de março. Mas até agora, o País não saiu do lugar.
Tanto o Fundo Monetário Internacional como a Alemanha passaram as últimas horas pressionando os credores privados da Grécia, levando-os a aceitar um nível de perdas entre os 65% e os 70%. O diretor do Instituto para as Finanças Internacionais, Charles Dallara, que é o principal representante daqueles credores, deixou Atenas no sábado, mas as negociações com o governo grego continuaram por teleconferência a partir de Paris. O ministro das finanças grego, Evangelos Venizelos, quer apresentar resultados hoje em Bruxelas. O nova solução para a Grécia deverá traduzir-se num perdão de 100 bilhões de euros e em taxas mais suaves, até 4%, para os montantes que restarem.
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