Presidente do BC, Roberto Campos Neto poderá ir ao Senado tentar explicar patamar da taxa de juros

Além de Lula e aliados, setores do mercado financeiro já reconhecem o risco de uma crise de crédito e a necessidade de cortar os juros

Roberto Campos Neto e Banco Central
Roberto Campos Neto e Banco Central (Foto: ABr)


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247 - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal vota na terça-feira (14) um requerimento que visa convidar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a comparecer ao Congresso para explicar por que a taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75% ao ano. 

O presidente da comissão é o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que espera que o convite seja aprovado., informa o Estado de S. Paulo.

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>>> Lula tinha razão, mercado percebeu e Selic deve cair, diz André Roncaglia

De acordo com o jornal, a ida ao Congresso foi acertada entre o próprio parlamentar e Campos Neto, em 15 de fevereiro. A expectativa era de que o presidente do BC fosse ouvido no início deste mês, antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 21 e 22. No entanto, o Senado demorou mais que o previsto para instalar suas comissões, que voltaram a funcionar nesta semana.

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À CNN Brasil neste sábado (11), Vanderlan disse ser necessário encontrar um consenso em relação a como reduzir os juros. Sem citar o presidente Lula (PT), que já fez uma série de críticas públicas à atual taxa Selic mantida pelo BC de Campos Neto, o parlamentar afirmou que declarações de autoridades “prejudicaram bastante” a discussão. 

No entanto, Lula não está sozinho nas críticas. Além de sua base aliada, nomes importantes do mercado defendem a queda nos juros. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o professor de Economia da Unifesp e doutor em Economia do Desenvolvimento pela FEA-USP André Roncaglia afirma que "gestores de ativos e consultorias começaram a expressar preocupação com a meta irrealista de inflação em 2023 e 2024 e com o nível da taxa de juros definida pelo BC (Banco Central). O motivo da mudança: a possibilidade de ocorrência de um credit crunch (dito em inglês, para não reconhecer que Lula tinha razão)".

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