Petrobrás não pode distribuir dividendos 'como se fosse o Papai Noel', diz Rui Costa
Ministro da Casa Civil defende reinvestimento dos lucros e critica distribuição de dividendos excessivos pela Petrobras
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247 — O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a orientação do governo Lula para a Petrobrás mudou, a fim de evitar a distribuição de recursos "como se fosse o Papai Noel". Agora, a ordem é reinvestir os lucros da empresa, em vez de distribuí-los como dividendos.
Durante um almoço organizado pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Rui Costa enfatizou que nenhuma empresa privada do mundo, independentemente do setor em que atua, distribui uma quantia tão alta de dividendos. Segundo ele, as empresas costumam reinvestir grande parte de seus resultados para se manterem referências em seus respectivos setores.
"A forma de distribuição de dividendos é um desserviço à Petrobras e à nação", declarou o ministro. Ele reforçou que a nova orientação é que a Petrobras invista para gerar empregos, fortalecer-se e continuar sendo uma empresa de energia.
Além disso, o ministro da Casa Civil defendeu mudanças no sistema de cobrança de distribuição de energia no país. Rui Costa destacou que o crescimento do mercado livre de energia tem deixado pessoas de baixa renda arcarem sozinhas com o custo da distribuição de energia, mesmo sem possuírem, por exemplo, placas solares em suas residências.
"Há um desequilíbrio no preço da tarifa de energia no país", ressaltou o ministro. Segundo ele, os usuários do sistema regulado de energia pagam sete vezes mais do que aqueles do mercado livre pela eletricidade.
Rui Costa garantiu que o governo pretende utilizar o gás natural para subsidiar a produção no país, não para a geração de energia. Ele ponderou que o gás natural é importante para suprir demandas energéticas em momentos de crises agudas e sugeriu que seria ideal utilizá-lo na produção de fertilizantes para o agronegócio. A oferta desses insumos foi prejudicada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, que é um grande produtor de fertilizantes.
"A transição energética não é teletransporte", afirmou Rui Costa. Ele ressaltou que o governo não pode abrir mão dos recursos do modelo energético atual neste momento de transição.
Nessa perspectiva, o governo está buscando uma nova direção para a Petrobras, priorizando o reinvestimento dos lucros e buscando soluções para o desequilíbrio no setor energético, visando ao fortalecimento da economia e ao desenvolvimento sustentável.
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