Petrobrás defende política de preços adotada após o golpe, que pode levar a gasolina a mais de 8 reais
A declaração da Petrobrás foi uma resposta após o Cade abrir investigação para apurar se houve abuso nos recentes aumentos do preço dos combustíveis
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247 - A Petrobrás defendeu nesta terça-feira, 18, sua política de preços que dolariza o valor dos combustíveis, que são, em sua maioria, produzidos no Brasil. Em nota, a empresa disse que a Política de Paridade Internacional (PPI), que pode levar a gasolina a mais de R$ 8, segue a “dinâmica de mercados de commodities em ambiente de livre competição” e que está em “conformidade com a legislação aplicável”.
A nota foi uma resposta após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abrir investigação para apurar se houve abuso nos recentes aumentos do preço dos combustíveis pela petroleira, que já realizou um aumento no início deste ano. “A Petrobrás vai manter esse comunicado diante dos questionamentos sobre a investigação do Cade e declarações do ministro Bento Albuquerque”, disse a estatal em nota à CNN.
O Cade busca saber se a Petrobrás cometeu abuso da posição dominante no mercado de petróleo no país. Em nota, a empresa diz que “reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato, para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.
“Deve-se ressaltar também que o preço de venda da Petrobras para as distribuidoras é apenas uma parcela do preço de revenda percebido pelo consumidor nas bombas”, diz ainda.
O professor e pesquisador Roberto Moraes lembrou, nas redes sociais, que o preço do barril de petróleo está próximo de U$90 e isso “levará a gasolina para mais de 8 reais no Brasil do PPI”. “Imagine quando ultrapassar U$ 100 dólares, como entre 2011 e 2013”, destacou.
Em 2011 e 2013, o governo Dilma Rousseff (PT) segurou o preço dos combustíveis apesar da crise econômica mundial.
“Investidores e acionistas agradecem pela ajuda do ciclo petro-econômico, mas sobretudo a Parente, Temer e Bozo”, concluiu Roberto Moraes. Pedro Parente era o presidente da Petrobrás durante o governo golpista de Michel Temer (MDB), que instituiu a Política de Paridade Internacional (PPI) aprofundada por Jair Bolsonaro (PL).
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