Pernambuco disputa montadora de US$ 600 milhões

A fabricante chinesa de caminhes pesados Shacman, que j possui uma central de importao de veculos e de peas no Recife, quer implantar uma unidade fabril no Pas

Pernambuco disputa montadora de US$ 600 milhões
Pernambuco disputa montadora de US$ 600 milhões (Foto: Shutterstock)


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Paulo Emílio_PE247 - Depois da montadora chinesa Jac Motors anunciar que vai implantar uma fábrica na Bahia, agora é a vez da fabricante de caminhões pesados Shacman chegar ao Brasil. E Pernambuco é um dos Estados mais cotados para receber o investimento de cerca de US$ 600 milhões em função da empresa já estar iniciando suas operações no mercado nacional, através de uma central de importação de veículos e peças localizada no Porto do Recife. Apesar da intenção, a Shacman só deve construir uma unidade fabril caso o governo reveja o novo regime automotivo brasileiro, que substituirá o aumento da alíquota para automóveis importados.

“Estamos negociando com o Governo Federal a possibilidade da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Com um IPI de 30% é que não dá. Se for o caso de ficar assim, é melhor importar”, afirma o diretor de Comercial e de Marketing da Shacman, João Miguel Capussi. Segundo ele, o ideal seria uma alíquota de 5% e um escalonamento do índice de nacionalização dos veículos de 65% em um período de até seis anos. O assunto está sendo discutido nesta quinta-feira (01), em Brasília (DF), entre representantes da montadora e do Governo Federal.

O investimento – que segundo fontes ligadas ao setor automotivo deve chegar a US$ 600 milhões e gerar cerca de 2 mil empregos diretos quando a unidade entrar em operação – está sendo disputado pelos Estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo. Embora não confirme o volume de recursos necessário à implantação da fábrica e nem o número de postos de trabalho que devem ser criados, Capussi diz que a montadora espera iniciar suas atividades em 2013. “Mas primeiro temos que ter uma resposta positiva quanto a questão tributária”, observa. Segundo Capussi, esta seria a primeira unidade fabril da Shacman fora da China e a primeira operação industrial de uma montadora do gênero originária daquele país no mercado nacional.

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Enquanto o imbróglio sobre a redução do imposto e a concessão de outros benefícios ainda não se resolve, o executivo diz que as operações de importação dos caminhões da Shacman terão início em fevereiro do próximo ano. “Já estamos com uma central de importação de veículos e de peças sendo implementada em Recife. Neste ponto, caso venhamos a construir uma fábrica, Pernambuco leva vantagem, já que possuímos uma base local que atenderá não apenas o Nordeste, mas todo o País”, diz o executivo.

As atividades da central de distribuição, cuja importação será dirigida pela trade Comexport, deverão movimentar inicialmente cerca de 100 caminhões/mês, que deverão chegar ao mercado com um preço médio de R$ 200 mil. A expectativa é de que as peças de reposição representem algo entre 15% e 20% do faturamento.

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