Patamar recorde de endividamento dos brasileiros impõe desafios para o próximo governo

Endividamento recorde de 79,3% das famílias brasileiras levou Lula e Jair Bolsonaro a anunciarem programas específicos para reduzir a inadimplência e estimular o consumo

(Foto: Bolsonaro e Lula)


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247 - Um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o endividamento alcançou 79,3% das famílias brasileiras em setembro. No lares com renda menor que 10 salários mínimos, o endividamento ultrapassou os 80% pela primeira vez. O alto nível de endividamento levou as campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) a anunciarem programas e projetos específicos para reduzir a inadimplência e estimular o consumo no mandato que começa em 2023. 

"Vamos promover a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas por meio dos bancos públicos e incentivos aos bancos privados para oferecer condições adequadas de negociação com os devedores", diz um trecho do programa de governo de Lula protocolado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

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O documento prevê, ainda, a criação de um fundo garantidor de crédito visando viabilizar a renegociação de dívidas no comércio ou contas presidenciais que não se enquadram como "bancárias". Neste caso, os“os credores que aceitarem participar do programa deverão oferecer opções de desconto, sendo que os que oferecerem o maior terão prioridade". 

De acordo com o G1, o programa petista destaca que “no caso das dívidas com bancos, a proposta é liberar para as instituições financeiras depósitos "compulsórios" (recursos que têm de ser mantidos no BC pelos bancos) proporcionando "condições adequadas de desconto, prazo e custo para que as famílias paguem suas dívidas acumuladas no cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal"

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Já o plano de governo de Jair Bolsonaro não aborda diretamente a situação de endividamento das famílias brasileiras. De forma genérica, “o documento traz críticas ao "modelo de gestão anterior" e informa que o ‘novo modelo’, implantado desde 2019 no país, produz e distribui riqueza, gerando ‘recordes’ na geração de empregos, aumentando os benefícios sociais para os mais vulneráveis e facilitando a abertura de novas empresas”.

No início de outubro, a Caixa relançou um programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas, que prevê descontos de até 90%, para créditos com atraso superior a 360 dias. 

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“Ao todo, serão englobados na campanha 6,9 milhões de contratos, distribuídos entre quatro milhões de clientes pessoa física e 396 mil empresas. A proposta da Caixa Econômica não considera operações com outros bancos, e também não abrange carnês de lojas e dívidas com prestadoras de serviços públicos, como água e luz”, ressalta a reportagem. 

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