Pastore, conselheiro econômico de Moro, presidiu Banco Central na ditadura e deixou hiperinflação como legado

Escolhido pelo ex-juiz parcial Sergio Moro para assessorá-lo nos temas econômicos caso seja de fato candidato em 2022, o economista Affonso Celso Pastore presidiu o Banco Central nos anos 80, durante a ditadura militar, e legou ao país inflação de mais de 200% ao ano

Economista Affonso Celso Pastore e Sergio Moro
Economista Affonso Celso Pastore e Sergio Moro (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado I Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


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247 - O economista Affonso Celso Pastore, que vai assessorar o ex-juiz parcial Sergio Moro, possível candidato à presidência da República, foi presidente do Banco Central entre agosto de 1983 e agosto de 1985, durante a ditadura militar (1964-1985). O economista deixou a instituição quando a inflação acumulada estava em mais de 220% ao ano.

O jornalista Eumano Silva destacou no Twitter que, além de servir diretamente aos militares, Pastore foi secretário de Maluf na mesma época:  "Conselheiro de Sergio Moro, o economista Affonso Celso Pastore presidiu o Banco Central entre set/1983 e mar/1985. Saiu depois de uma inflação anual de 166% em 1984. Antes de servir à ditadura, foi secretário do governo Paulo Maluf em São Paulo. Aos 82 anos, tem longa trajetória".

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Na verdade, a inflação deixada por Pastore na ditadura foi ainda maior que a indicada por Eumano Silva. Em 2015, no governo Dilma Rousseff, Pastore criticou o governo e o Banco Central pela inflação à época. Em 2015, o país teve inflação de 10,67% acima da meta de 4,5%, em boa parte devido ao processo de desestabilização da economia patrocinado pela direita, a extrema direita e amplos setores do empresariado. Em resposta ao economista, o Banco Central soltou nota poucas horas depois da crítica, em um seminário no interior de São Paulo, registrando que no período de Pastore à frente da instituição "a inflação acumulada em 12 meses passou de 134,69% para 224,60%".

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