Para Trichet, só BCE não resolve problemas

Em reunio, na Itlia, com lderes da zona do euro, presidente do Banco Central Europeu reitera presso por medidas de austeridade



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O Banco Central Europeu (BCE) não pode resolver sozinho os problemas econômicos da zona do euro, disse seu presidente, Jean-Claude Trichet, ao mesmo tempo em que reiterou sua pressão pela rápida aprovação das medidas de austeridade que estão atualmente sendo discutidas por governos no bloco.

"O que nós fazemos não pode ser usado como forma de contornar o princípio fundamental da disciplina orçamentária", disse Trichet durante uma conferência em Cernobbio, cidade ao norte de Milão, na reunião anual de líderes políticos e empresariais, segundo diversas pessoas que participaram do encontro, a portas fechadas.

Até agora, o BCE gastou cerca de 41,6 bilhões de euros para conter uma destrutiva espiral de queda nos preços dos bônus da Itália e da Espanha desde que reativou seu Programa de Mercados de Ativos no início de agosto.

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Trichet renovou os pedidos para que os governos acelerem a consolidação fiscal e acusou as maiores economias da zona do euro por plantarem as sementes da atual crise da dívida soberana ao desrespeitarem as normas econômicas da União Europeia no início da adoção da moeda única.

"Alemanha, França e Itália, todos os maiores países, estavam pedindo o enfraquecimento do pacto de estabilidade e crescimento em 2003 e 2004", disse Trichet, segundo as fontes. "Agora vemos o alto preço que estamos pagando por isso."

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Trichet também solicitou ao governo italiano que aprove as medidas para controlar suas finanças públicas a fim de que o país mantenha sua qualidade de crédito.

"O BCE e o sistema do euro como um todo consideram que as medidas anunciadas pelo governo são extremamente importantes para reduzir rapidamente o déficit público da Itália e para aumentar a flexibilidade da economia italiana", disse Trichet. "Isto é absolutamente decisivo para consolidar e reforçar a qualidade e a credibilidade da estratégia italiana e a qualidade de crédito do país".

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Os comentários de Trichet se seguem a duras críticas de representantes de empresas e bancos italianos. Segundo eles, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi está fazendo pouco para tirar o país da crise da dívida da zona do euro.

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