Pacote eleitoral pela reeleição de Bolsonaro deverá superar os R$ 90 bi, mais que o dobro do rombo previsto para 2022
Pacote eleitoral visando a reeleição de Jair Bolsonaro deverá superar os R$ 90 bilhões. Projeções do próprio governo apontam que o déficit público deverá chegar a R$ 42 bilhões no ano que vem
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247 - O pacote eleitoral que Jair Bolsonaro deverá usar visando se reeleger em 2022 poderá superar os R$ 90 bilhões, mais que o dobro do rombo previsto nas contas do governo ao longo de todo o próximo ano. As projeções do próprio governo apontam que o déficit público deverá chegar a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 42 bilhões, no ano que vem. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, se os gastos eleitorais não fossem empregados, o rombo poderia ser praticamente zerado, mesmo com o pagamento do Auxílio Brasil.
"O presidente está numa toada desesperada de votos e o único que segura a chave do cofre está em minoria política", disse o pesquisador do Insper, Marcos Mendes, sobre o fato do ministro da Economia, Paulo Guedes, ceder às pressões de Bolsonaro por mais gastos, como o aumento aos policiais federais. "O interesse do presidente em expandir gastos casa com o da maioria das lideranças do Congresso com o objetivo de garantir suas próprias eleições", completou.
Também existe a expectativa de que Bolsonaro deverá tentar aprovar a correção da tabela do Imposto de Renda por meio do aumento da faixa de isenção no início de 2022 para entrar em vigor no mesmo ano. Com isso, a faixa de isenção passaria dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil, em uma renúncia de quase R$ 23,5 bilhões. O Auxílio Brasil, aposta eleitoral do Planalto para alavancar a candidatura do ex-capitão entre as camadas mais pobres da população por meio de um pagamento de R$ 400, também contará com um custo adicional de R$ 54,4 bilhões.
Além disso, os aliados já dão como certa a aprovação do vale-gás, com custo de R$ 1,9 bilhão. Em paralelo, o Planalto também vem prometendo um reajuste salarial para as forças policiais, que teria um custo total de R$ 2,8 bilhões em 2022. O valor pode subir em mais R$ 3 bilhões caso Bolsonaro garanta um reajuste de 1% para todo o funcionalismo público federal.
Ainda segundo a reportagem, a prorrogação da isenção do IPI na compra de veículos novos por taxistas e pessoas físicas já foi aprovada com uma renúncia de arrecadação de R$ 1,8 bilhão.
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