Pacheco defende que teto de gastos pode ser relativizado em casos específicos
Fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi feita um dia após o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitir que o governo "violou o teto de gastos"
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Reuters - O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira que o teto de gastos é um mecanismo importante na contenção de despesas públicas, mas defendeu que possa ser relativizado em casos especiais, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19 para a concessão de benefícios sociais.
O senador defendeu que o próximo governo e o novo Congresso a serem eleitos em outubro cheguem a um consenso sobre a regra de gastos públicos, de forma que ainda possa surtir efeitos fiscais, mas também permita a adoção de medidas emergenciais.
"O teto de gastos foi uma conquista em 2016 importante", disse o presidente do Legislativo em evento da XP. "A sua relativização é outra coisa, que pode acontecer em determinados momentos excepcionais, para determinados fins específicos para se cumprir uma função social que seja relevante, e tenho certeza que é muito bem aceita pelo mercado, pelo setor produtivo essas situações excepcionais", afirmou.
"Talvez nós possamos perfeitamente compatibilizar a previsão constitucional desse teto de gastos corrigido ao longo do tempo que possa conter o gasto do recurso arrecadado com situações que possam excepcioná-lo dentro de um planejamento de nação feito pelo Executivo e pelo Legislativo."
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Pacheco ponderou, ainda, que qualquer medida a ser tomada entre o fim da eleição e a posse dos eleitos não pode ser adotada unilateralmente pelo Congresso. "É muito importante que haja um alinhamento com o Poder Executivo seja qual for o presidente eleito", disse.
O senador também afirmou que "dificilmente" será reduzido o valor de 600 reais do Auxílio Brasil a partir de janeiro. O benefício teve seu valor aumentado de 400 para 600 reais até o final do ano por meio da chamada PEC dos Benefícios.
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