O terremoto mais caro da história
Banco Mundial estima em US$ 235 bilhes os prejuzos privados no Japo; fundos do pas no exterior podem ser repatriados
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Os prejuízos para o Japão do terremoto e do tsunami que atiingiram o país foram estimados em US$ 235 bilhões pelo Banco Mundial. Os efeitos negativos na economia serão sentidos por longo tempo. “O crescimento deve ser afetado durante os esforços de reconstrução, que poderão durar os próximos cinco anos”, registrou relatório da instituição, divulgado em Cingapura, onde acontece uma reunião de avaliação sobre os impactos da tragédia na economia regional e mundial. Essa análise aponta o terremoto como o mais caro da história. Os setores automotivo e eletrônico japonês são os mais afetados. Estão confirmados até agora 8.450 mortos.
"Neste momento, ainda não está claro como a catástrofe afetará o investimento direto japonês no exterior, mas o ritmo pode ser freado se o foco do país se voltar para a reconstrução interna”, acrescenta o texto de avaliação do Banco Mundial. O vice-ministro das Finanças do Japão, Naoko Ishii, admitiu durante o encontro de Cingapura que “é grave” o prejuízo real da economia japonesa, mas procurou manter um certo otimismo sobre o desempenho total. “A presença no PIB japonês da produção das regiões afetadas é de apenas 4%”, afirmou. “Ali não é coração industrial do país”.
Ainda não se sabe exatamente quanto dinheiro as autoridades japonesas estão injetando na economia do país, como forma de suavizar os prejuízos. O primeiro-ministro Naoto Kan disse ontem que é “improvável” que o montante seja revelado até o final do mês. O que se sabe é que o Banco Central do japão está colocando liquidez diária no mercado financeiro, o que está garantindo o seu funcionamento em ritmo normal e sem grandes sobressaltos. Esse desempenho foi registrado pelas autoridades japoneses para sustentar a avaliação de que as coisas poderiam ser ainda piores. Há a especulação de que fundos japoneses no exterior serão repatriados como forma de ampliar o colchão de recursos a ser injetado na economia.
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