O mercado interno é a “salvação da lavoura”

Não há a menor dúvida de que, como aconteceu em 2008 e 2009, o mercado interno livrará o Brasil de problemas mais graves ante a devastadora crise econômica mundial



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Não há a menor dúvida de que, como aconteceu em 2008 e 2009, o mercado interno livrará o Brasil de problemas mais graves ante a devastadora crise econômica mundial. O sinal disso está no afrouxamento do crédito que, desde o início do governo da presidente Dilma Rousseff, foi duramente comprimido.

O ano de 2010 havia terminado com um aumento de 20% no estoque de crédito na economia e o governo não tinha alternativa, a não ser reduzi-lo. E assim, foi feito. Porém, agora, com a Europa em derrocada e os Estado Unidos às portas da estagnação, o Banco Central desarmou as medidas que havia adotado e, novamente, soltou as amarras do crédito ao consumidor.

A determinação para o afrouxamento partiu da Presidenta, que considerou ter chegado o momento de fazer uma sintonia fina na política econômica para impedir que o Produto Interno Bruto (PIB) caia excessivamente neste e no próximo ano. O objetivo a alcançar é aumentar o PIB em mais de 3%, em 2011, meta considerada sofrível diante do mergulho da economia no terceiro trimestre: entre janeiro e março, o PIB cresceu 1,3% e, entre abril e junho, 0,8%; de julho a setembro, o crescimento pode ter sido de zero, em relação ao segundo trimestre.

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A decisão da Presidenta, seguida à risca pelo Banco Central, irá certamente surtir os efeitos desejados, inclusive estendendo-se ao ano de 2012, com a expectativa de aumento do PIB em mais de 5%. Aliás, esse otimismo foi reforçado esta semana depois que a Standard&Poors elevou a nota do Brasil, um reconhecimento de que estamos cumprindo rigorosamente as metas fiscais planejadas e o rígido controle de nossas contas públicas.

O que igualmente vai ao encontro do afrouxamento do crédito é a provável nova redução da taxa Selic para 11%, ainda este ano, devendo chegar aos 10% no próximo mês de abril. Caso as condições permitam, é possível que, pela primeira vez em décadas, o juro real da economia bata os 4,5%, uma espécie de salvaguarda para impedir que a crise dos países da rica Europa e mesmo a americana não seja uma “marolinha”, mas um verdadeiro “tsunami”.

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Portanto, reforçar os fundamentos da política econômica, como deseja a presidenta Dilma Rousseff, é uma verdadeira salvação da lavoura para nos livrarmos do pior, que ainda vem por aí.

José Chaves é deputado federal (PTB-PE)

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