O importador da Fiesp

Deputado sugere que Paulo Skaf, presidente da Fiesp que fala em desindustrializao no Brasil, troque seu carro importado por um modelo nacional

O importador da Fiesp
O importador da Fiesp (Foto: Divulgação)


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247 – Cansado do discurso do presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, Paulo Skaf, contra uma possível “desindustrialização” do País, o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB-ES) fez uma sugestão: a de que Skaf privilegie a indústria nacional. “Antes de o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, liderar um movimento em defesa da indústria brasileira, ele devia comprar um carro nacional e não andar de carro importado”, disparou. Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 sobre a incoerência de Skaf:

Industrial sem fábrica pede: Salvem a indústria

247 – O “empresário” Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias de São Paulo, é exatamente isto: um empresário entre aspas. Ele já produziu tecidos, em algum lugar do passado, mas nem deve se lembrar mais do som dos teares. Há mais de uma década, a firma de Skaf sucumbiu à concorrência e, desde então, ele se dedica apenas à política empresarial. Preside uma entidade, a Fiesp, que, segundo ele, representa a indústria brasileira. Neste papel, Skaf já se coloca como lobista principal de uma causa que muitos apontam, mas ninguém sabe ver de forma concreta: a necessidade de combater a desindustrialização nacional. Nesta semana, o lobby ganhou impulso com uma manchete alarmista da Folha de S. Paulo, que apontou que a participação da indústria brasileira no PIB é semelhante à da década de 50 – um fenômeno natural e saudável, que ocorre em sociedades avançadas, cada vez mais concentradas em serviços.

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O problema é que Skaf começa, mais uma vez, a se mexer politicamente. Segundo informa a coluna Radar Online, ele teve um encontro reservado com o vice-presidente Michel Temer e com toda a cúpula do PMDB, partido ao qual é filiado. No encontro, pediu aos peemedebistas que levantem uma bandeira com a inscrição “Salvem a indústria nacional”. Por trás disso, deve existir o lobby poderoso que busca sempre mais incentivos fiscais e benesses do Estado.

A questão é que esta desindustrialização, simplesmente, não existe. A reportagem desta semana da revista Exame, uma das principais publicações de economia e negócios do Brasil, destaca que, até 2016, o Brasil irá atrair US$ 250 bilhões em investimentos produtivos, em novas fábricas e na ampliação das já existentes. No ano passado, foram US$ 67 bilhões, o que colocou o Brasil na quarta posição do ranking global, atrás apenas de Estados Unidos, China e Reino Unido. Em 2012, o Brasil já ocupa a terceira posição. A Fiat, por exemplo, está construindo duas novas fábricas: uma em Pernambuco e outra em Minas Gerais. A Volks também terá uma em Pernambuco. A Hyundai constrói sua planta em Piracicaba, no interior paulista. Que desindustrialização é esta, Skaf?

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Ambição política

Com o mantra da desindustrialização, Skaf quer apenas ganhar uma causa para alavancar sua carreira, que é a política. Seu projeto é disputar o governo de São Paulo, em 2014, pelo PMDB. O problema é que as experiências recentes de Skaf comprovaram que, além de não ter indústria, ele também não tem votos.

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E os brasileiros que estão empregados – aliás, o Brasil vive uma situação de quase pleno emprego – não dão bola para profetas do caos.

 

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