O encontro da última chance

Antes mesmo de a cpula de lderes europeus comear em Bruxelas, dirigentes polticos j consideram que a Europa pode desabar e o Euro explodir. A reunio de hoje custou aos cofres do bloco 10 milhes de euros

O encontro da última chance
O encontro da última chance (Foto: Divulgação)


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Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – « O encontro da última chance ». Nesse clima, os 27 membros da União Europeia se reunem hoje à noite e amanhã, em Bruxelas, para discutir a adoção de medidas de disciplina orçamentária de ferro para convencer os mercados de que os excessos fiscais europeus fazem parte do passado. Mas nada garante que essa cúpula será bem-sucedida. "A situação é grave, o euro pode explodir", advertiu nesta quinta-feira o ministro francês Assuntos Europeus, Jean Leonetti.

"A Europa pode desabar, o que seria uma catástrofe, não apenas para a Europa e para a França, mas para todo o mundo", completou o ministro em entrevista ao Canal Plus.

A expectativa sobre a cúpula é grande. Até porque, como aconteceu em outros encontros dos líderes europeus, um país contrário pode emperrar qualquer negociação. Enquanto isso, milhões de euros são jogados no lixo. Apenas uma cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE) custa menos 10 milhões de euros (cerca de R$ 24 milhões).

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O número divulgado pela agência Efe corresponde às despesas da organização do próprio Conselho Europeu no edifício Justus Lipsius de Bruxelas e a mobilização de policiais e agentes de segurança privada na cidade, assim como o deslocamento e hospedagem das delegações de cada Estado-membro. O número e cada delegação varia em cada representação. Por exemplo, a Finlândia deslocou 14 pessoas na última cúpula em 26 de outubro, enquanto a delegação da Alemanha transferiu 31, segundo os porta-vozes de suas representações na UE.

Se cada cúpula custa em torno de 9 milhões de euros (cerca de R$ 21,7 milhões), fazendo um cálculo por baixo - e desde o início da crise em setembro de 2008 foram realizadas 26 reuniões deste tipo, ordinárias e extraordinárias -, a UE e seus Estados-membros gastaram com estas reuniões desde o início da crise em torno de 234 milhões de euros (cerca de R$ 565 milhões).

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Enquanto esbanja dinheiro de um lado, a Comissão Europeia corta de outro. A crise econômica levou a instituição a cortar doações destinadas a governos de 19 países emergentes --entre eles o Brasil--a partir de 2014. O assunto já estava em discussão há cinco anos.

A UE (União Europeia) destina hoje cerca de € 53 bilhões para ajudar países em desenvolvimento. A fatia do Brasil é de € 52 milhões (para o período 2007-2013). Os recursos são destinados aos setores ambiental e de educação. Os projetos previstos até 2014 não sofrerão alterações.

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