“O efeito da queda da gasolina não bate nos mais pobres”, diz economista

“Para bater teria que ser no diesel", destaca o economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Costa Pinto

(Foto: REUTERS/Sergio Moraes | Reprodução)


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247 - O economista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eduardo Costa Pinto, em entrevista ao programa Giro das Onze, da TV 247, afirmou que o “efeito da queda da gasolina não bate nos mais pobres”, como tentou fazer acreditar o governo de Jair Bolsonaro.

“Para bater teria que ser no diesel. Os mais pobres não tem carro e usam transporte público. O diesel é afetado pelo custo dos transportes e o rebatimento é geral”, apontou o professor.

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Segundo ele, nas últimas cinco semanas, o preço de paridade de importação do petróleo divulgado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), a gasolina caiu 21% acumulado nas últimas cinco semanas.

“A mudança na homogeneização tributária, que na verdade parece que é do Bolsonaro, mas já tinha sido proposto pelo STF, que é o ICMS uniforme. Na gasolina isso tem um efeito relativamente significativo com a redução dos impostos federais. Por que no diesel não foi tão forte? Porque os impostos já tinham sido reduzidos”, explicou.

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Questionado sobre o tamanho do desastre causado pelo governo Bolsonaro contra a Petrobrás, o professor ressaltou que a estatal “continua muito grande”.

“Evidente que desde 2016 até hoje, a Petrobras já vendeu ativos e privatizou R$ 145 bilhões ao preço do dia 31 de março de 2022. corrigidos pelo IPCA. A Petrobras tem vivido nos últimos anos uma gestão de portfólio que tem focado apenas na exploração e produção do petróleo no pré-sal, e tem saído de outras atividades. Ela tem feito um movimento chamado de desintegração vertical, sendo que nos mundo as grandes petroleiras têm feito o movimento contrário: indo do poço ao poste, pois além de continuar com suas áreas de exploração, produção, distribuição e comercialização, tem investido em energia renovável pensando no futuro do setor daqui há 30, 40 anos”, destacou.

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