O balanço amargo do Pão de Açúcar

Lucro menor mesmo com fora de venda de Casas Bahia e Ponto Frio. Globex tem prejuzo



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247_ Está difícil para o investidor engolir os números do Grupo Pão de Açúcar divulgados na sexta-feira 13. Embora o dia tenha sido de perdas acentuadas no mercado de ações brasileiro, os papéis (PCAR4) caíram 3,22% a R$ 69,20, acima da média. Era um demonstração de que os resultados do primeiro trimestre desagradaram o mercado. A rede varejista registrou lucro líquido consolidado de R$ 110,8 milhões. A queda foi de 35% na comparação com o mesmo período do ano passado, mesmo com a força de Casas Bahia e Ponto Frio. Se levadas em conta apenas as operações de venda de alimentos, o lucro líquido somou R$ 135,6 milhões, queda de 23,1%. Os resultados da Casas Bahia estão incorporados ao balanço do Pão de Açúcar desde novembro do ano passado.

De acordo com Rafael Cintra, analista da Link Investimentos, as despesas financeiras da companhia continuam em um patamar elevado, o que têm dificultado um aumento mais expressivo do lucro líquido. “Além disso, o impacto da alta de juros nas vendas de bens duráveis ainda é um fator de preocupação”, disse Cintra em relatório. A geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), totalizou R$ 609,4 milhões no primeiro trimestre deste ano. Um desempenho 40,5% superior a igual intervalo de 2010. No entanto, houve redução na margem Ebitda consolidada que ficou em 5,6% ante 6,2% do mesmo período de 2010.

A receita líquida consolidada da companhia totalizou R$ 10,9 bilhões, representando um crescimento de 55,9% sobre o mesmo período de 2010. Apenas nas operações alimentares, a receita líquida subiu 4,7%, para R$ 5,984 bilhões. Segundo a empresa, o crescimento da receita teve o impacto negativo do efeito sazonal da Páscoa. A empresa destacou que a data ocorreu, em 2010, no início de abril, puxando as vendas de março, enquanto neste ano aconteceu dia 24 de abril, incrementando as vendas deste mês.

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Globex ganha em operação e vendas - A Globex, controladora da Casas Bahia e do Ponto Frio, também divulgou o resultado do primeiro trimestre de 2011 e registrou um prejuízo líquido consolidado de R$ 24,8 milhões. Com esse número, a companhia eleva em 320% o prejuízo de R$ 5,9 milhões reportado no primeiro trimestre do ano passado.

Apesar do resultado ruim, a parte operacional foi satisfatória. A geração de caixa, medida pelo Ebitda, somou R$ 178,2 milhões, desempenho 321,2% superior aos R$ 42,3 milhões do mesmo período do ano passado. A margem Ebitda consolidada ficou em 3,6%, alta de 0,2 ponto porcentual. Os dados consolidados incluem os resultados da Casas Bahia, incorporada a partir de novembro do ano passado.

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Segundo a companhia, as despesas com reestruturação proporcionaram gastos não recorrentes de R$ 10 milhões no primeiro trimestre. No período, vendas líquidas consolidadas atingiram R$ 4,9 bilhões, alta de 288,4%.

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