No Japão, Haddad diz esperar pouca mudança no arcabouço fiscal e destaca importância geopolítica da Argentina

Representando o Brasil no G-7 Financeiro, Haddad disse que discussões do texto do arcabouço fiscal no Congresso estão em seu radar e que proposta da equipe econômica é ‘calibrada’

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que participa da reunião do G-7 Financeiro no Japão, disse nesta sexta-feira (12) que espera que a proposta do arcabouço fiscal sofra o mínimo de alterações no Congresso Nacional. “Nós construímos uma proposta calibrada. Tanto é verdade que os dois lados estão querendo estressar para seu lado”, defendeu o ministro em entrevista ao Estadão.

Haddad destacou, ainda, que o governo brasileiro ganhou reconhecimento internacional por seu trabalho e que a proposta de um novo arcabouço fiscal foi pensada para encontrar um equilíbrio entre estabilidade fiscal e paz social. 

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O ministro comentou a indicação de Gabriel Galípolo para a diretoria do Banco Central, mas não entrou em detalhes sobre a possibilidade do economista ser indicado à presidência do BC em 2024. 

Além disso, Haddad fez um balanço sobre a primeira participação do Brasil no G-7 e disse que ser o próximo país a presidir o G-20 foi fundamental para o Brasil ser convidado para participar do encontro. 

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“É bastante claro que o fato de o Brasil assumir a presidência do G20 no ano que vem foi central para o convite, tanto para mim quanto para o presidente Lula. Há uma preocupação com o recrudescimento das tensões e dos problemas clássicos, como mudança climática, desigualdade e a questão democrática. Mas há questões novas que surgiram com o aumento dos juros no mundo inteiro em virtude da inflação e das cadeias de suprimento, que é a crise da dívida”, destacou.  

No G-7, Haddad fez falas importantes sobre a relação do Brasil com a Argentina e manteve diálogo com Janet Yellen (secretária do Tesouro americano) e com a Kristalina Georgieva (diretora-gerente do FMI). “Fiz chegar uma consideração do Brasil sobre a importância geopolítica da Argentina, não apenas para a América do Sul. Penso que a situação da Argentina inspira cuidado global, por isso a trouxe para o G7. A Kristalina, nos minutos em que estivemos juntos, relatou as negociações que vêm sendo feitas com a Argentina. Ela sabe da seca severa que a Argentina está enfrentando. A principal assessora dela, a Gita (Gopinath), está indo ao Brasil. Nós combinamos que ela vai detalhar mais a situação da Argentina para nós e como o FMI está vendo a Argentina neste momento”, finalizou.

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