No apagar das luzes do governo Bolsonaro, derivados de petróleo vendidos pela Petrobrás disparam
Segundo o Observatório Social do Petróleo, um barril de derivados básicos chegou a custar R$ 693, alta de 263% nos últimos 10 anos e 4,1% superior ao do segundo trimestre deste ano
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247 - O Observatório Social do Petróleo (OSP) afirmou que o preço dos derivados de petróleo, vendidos pela Petrobrás no mercado interno, bateu novo recorde. Um barril de derivados básicos (diesel, gasolina, querosene de aviação, GLP) chegou a custar R$ 693, aumento de 263% nos últimos 10 anos. O valor foi 4,1% superior ao do segundo trimestre deste ano e 64,2% maior do que o preço praticado pela estatal no terceiro trimestre do ano passado. Os números foram publicados nesta sexta-feira (4) pela coluna Painel, no jornal Folha de S.Paulo.
O estudo feito pelo OSP mostrou que o valor médio dos produtos vem batendo recordes consecutivos há seis trimestres. Nos governos Michel Temer, do MDB (2016-2019), e Jair Bolsonaro (2020-atualidade), os preços dos derivados de petróleo da Petrobrás variam de acordo com o Preço de Paridade de Importação (PPI), que é a política de equiparação com os valores do mercado internacional. Se o dólar sobe, o valor dos produtos vão subir no Brasil.
Segundo Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), a venda de produtos derivados no mercado brasileiro é responsável por 65% da receita líquida da Petrobras. "Representa a principal explicação para os lucros recordes dos últimos trimestres da companhia", afirmou.
"Importante pontuar que o terceiro trimestre ao qual nos referimos se inicia no período pós-isenção de tributos. O aumento de 4,1% nesses meses mostra que o problema dos altos preços dos derivados de petróleo persistiu, mesmo que para o consumidor final a percepção seja de valores menores em função do corte de impostos", acrescentou.
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