'Não foi a esquerda nem o centro democrático que destruíram o teto, mas o Guedes e o Bolsonaro', diz Elena Landau

"Quem está deixando a herança de déficit primário para o ano que vem não é a esquerda, é a direita. É o Paulo Guedes, é o Bolsonaro", disse a economista

Elena Landau e Paulo Guedes
Elena Landau e Paulo Guedes (Foto: Flickr/Simone Tebet | REUTERS/Ueslei Marcelino)


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247 - A economista Elena Landau, responsável pelo programa econômico da senadora e candidata derrotada à Presidência da República Simone Tebet (MDB), afirmou que Jair Bolsonaro (PL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, devem explicações ao povo brasileiro sobre a condução da política fiscal do atual governo. 

"Todo mundo —mercado, jornalista, empresário— cobrou do Lula (PT), da Simone, do Ciro Gomes (PDT), da Soraya Thronicke (União Brasil) qual vai ser a âncora fiscal, como fica a política fiscal, como fazer o ajuste fiscal. Mas ninguém cobra isso de Guedes e do Bolsonaro e foram eles que destruíram o teto”, disse ela em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo

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Ainda segundo ela, “não foi a esquerda nem o centro democrático que destruíram o teto, foi a direita. Quem está deixando a herança de déficit primário para o ano que vem não é a esquerda, é a direita. É o Paulo Guedes, é o Bolsonaro. Quero ver é o que o Guedes vai fazer para resolver esse fiscal se Bolsonaro —que Deus nos livre— ganhar a eleição. Mas ninguém cobra isso do Bolsonaro. Ele é candidato, precisa se explicar”.

A economista ressaltou, ainda, que o liberalismo defendido por ela vai além da mera preocupação com a economia. “É fato que não existe liberalismo sem uma agenda de mercado, mas o liberal não se preocupa apenas com a economia, defende também democracia e inclusão social.Tanto é assim que, lá atrás, tínhamos privatizações, ajuste fiscal e reforma do Estado, mas também tínhamos investimento em educação, tínhamos política social, com vale gás e outras iniciativas”, destacou. 

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"A gente não mudou. A percepção da sociedade é que mudou diante do que chamo de liberalismo sem alma da gestão de Paulo Guedes”, disse mais à frente.

Na entrevista, Elena também disse estar "preocupada de verdade” com a possibilidade de Jair Bolsonaro ser eleito para um segundo mandato. Para a economista, o atual ocupante do Palácio do Planalto “deveria ter sofrido impeachment desde 2020. Eu defendo isso desde lá”.

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"Bolsonaro cometeu inúmeros crimes de responsabilidade. O que foi a gestão dele na pandemia? Aquela famosa reunião, gravada em 2020, é o suficiente. Basta prestar atenção no que foi dito ali. Falavam em milícia armada, em punição a prefeitos por causa de isolamento social, em passar a boiada na área ambiental. Mas as pessoas esquecem”, completou.

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